Já diziam nossos antepassados: “Quando não souber o que dizer, não diga nada”. Pois é isso que devemos fazer agora, deixe os especialistas opinarem, afinal estudaram e dominam o assunto porque estudaram, certo? Não atrapalhe o desenvolvimento, opinião não é tese, achismo não é certeza.
É preciso muito equilíbrio mental e uma pitada de sangue frio para ouvir tanta bobagem jogada ao vento, mas em nome da sanidade e preservação da sua natureza; certamente não foi essa loucura na qual estamos inseridos. Fiquemos na nossa paz interior, apenas no observatório.
Não, não estou falando para ser alienado nem tampouco ser espectador da tragédia humana. As células precisam se movimentar para viver, mas para isso precisamos fazer nossa parte sem colocar nosso corpo na berlinda da loucura, do movimento unilateral, da insensatez, do descaso, do egoísmo. É preciso do equilíbrio e da mudança.
Transcender para uma vida melhor e mais segura, sair da zona de conforto onde tudo parece muito bom, mas na verdade rouba uma parte sua importante, que é lutar pelo seu lugar no mundo, e isso não tem nada a ver com posição nem status, mas com o seu verdadeiro Eu, quem você é de verdade.
Quando se consegue olhar para dentro e sem medo de identificar a sua essência; e olha que tem coisa que não será fácil encarar, te dará a oportunidade de um salto que talvez nunca tenha acreditado que poderia dar, mas como o seu tempo estava tomado para só olhar para fora não conseguia descobrir o quanto mais era capaz.
Ninguém quer ficar louco e muito menos despencar ladeira abaixo por lutar por ideias ou ideais que nem sabe se serão bons para você ou não. Então reserve um tempo e faça esse mimo por você. Descubra lá no fundo o que mais deseja, o que te faz feliz, o que perdeu no caminho da vida. Recupere, corra atrás, volte a ser aquela pessoa que está adormecida, ela ainda está aí, basta chamar com o coração, com a intenção, e seja feliz como era antes. A vida dá a chance de mudar se quiser, mas se não quiser tudo bem também, no final a escolha é sempre sua.