Dando continuidade ao assunto da última crônica – Inteligência Artificial –, quero abordar aqui a evolução que estamos vivendo e o que não percebemos. A forma de comunicação dos humanos evoluiu de símbolos desenhados para a escrita e isso mudou tudo, imagina agora.
A escrita nasceu no antigo Egito e, quando começou, não foi fácil com que chegasse às pessoas aquele novo modo de se comunicar, levou tempo e entendimento, aquilo poderia fazer o homem parar de pensar passando a confiar num papel. A internet foi um meio rápido de chegar ao maior número de pessoas no mundo, no começo também teve a recusa de alguns e o deslumbramento de outros. Com o tempo foi tomando espaço e, hoje, é o meio de comunicação que conhecemos e aprendemos a conviver.
Agora surge a Inteligência Artificial para nos assustar e contestar seu uso. Certamente que em breve será usada pela maioria da população mundial, e mudará nosso jeito de pensar e enxergar essa nova ferramenta. Mais uma vez seremos desafiados a mergulhar num novo modo tecnológico, que pode nos ajudar, mas também pode atrapalhar. Como tudo não é cem por cento, o que podemos esperar?
As crianças desse novo mundo não se adaptam aos velhos tempos, estão à frente do que nós fomos e tudo isso que não entendemos é porque eles vão dominar, não nós. Assim talvez fique mais fácil de compreendermos tanta coisa nova chegando, mas temos que entender que os novos tempos precisam chegar e, para isso, o velho precisa ir.
Se parar para pensar tem muita coisa que não faz mais sentido e ainda perdura aos nossos olhos, sem que percebamos o quanto está obsoleto. O conflito com o novo sempre existiu, um dia fomos os jovens incompreendidos, hoje estamos na oposição ao mundo dos jovens, talvez ainda não compreendamos que nada mudou, somente nós é que estamos vivenciando tudo novo junto com eles, os jovens, e por isso não entendemos.
É complexo e confuso, mas um dia isso não será mais assim porque os jovens de hoje serão muito mais preparados para as mudanças, já nasceram nesse mundo de mudanças constantes, de entenderem com mais facilidade as diferenças entre as pessoas, gostos, modos de vida. Quando envelhecerem, suas mentes estarão sempre atuais, porque vieram para mudar, para aprimorar e para entender.
Estou certa de que agora sim enxergo o novo mundo. Negamos durante muito tempo os anos 2000, mas não tem mais como negar, ele chegou e estamos vivendo intensamente, só não tínhamos percebido ainda. Bem-vindo ao século XXI.