Quando saio, principalmente em lugares lotados, observo como as pessoas se comportam. É verdade, sou uma observadora inata, e foi por causa disso que fui estudar sobre o comportamento humano. É curioso entender que o Ser tornou-se outro significado.
Nada pode ser generalizado, sempre tem as exceções, mas alguns casos não podem passar despercebidos. Por qual motivo alguém precisa diminuir o outro e querer competir com aquilo que não entende? Cada qual tem suas habilidades; ninguém sabe tudo, se soubesse não precisaria estar no Planeta Terra. Não precisa crescer, é feio, pega mal competir com aquilo que você não sabe.
Outras pessoas precisam ser mais bonitas, mais elegantes, mais ricas, mais interessantes, mais chics, mais, mais, mais. Menos, educado, gentil, respeitoso, acolhedor, humilde, gente. O que tornou essa mudança? Provavelmente o consumo exacerbado, a competição, o querer, o sobressair-se. E tudo mudou, estamos vivendo o enquadramento de padrão, se não for tudo isso, é o diferentão, excluído.
Se for para ser excluído desse mundo insano de padrão, prefiro, dou muito mais valor para minha saúde mental do que para qualquer padrão de vida imposto. Faço exercício físico todos os dias, mas não posto. Tenho uma família linda, mas não posto. Faço minhas conquistas, mas não posto. Fico feliz num jantar em família, mas não posto. Vivo apesar das telas? Sim, mas não posto.
A vida é para ser vivida em particular, não é pública, ter a necessidade de chegar e se mostrar não é vida, é obrigação. Conversar não é ser superior ao outro, é saber ouvir o outro e aceitar as suas limitações, você não sabe tudo, lembra? Quem quer saber demais é chato, não é bem-visto, não faz falta.
Aprenda a fazer falta, daí sim você será uma pessoa lembrada, quando todo mundo sabe de você não sente saudade, vai conversar o que se já sabe de tudo? Decida se você quer Ser, ou ser?