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Quem somos nós? Seremos uma ilusão da vida?

Tudo na vida dá sinais, mas nós não identificamos todos, nem sequer seguimos nossa intuição, e deve ser seguida, você acredite ou não. Eu nunca acreditei que somos formados em seres humanos no útero de nossa mãe numa perfeição tão grande com a ajuda da ciência. Não, não é assim. Somos células que vão se transformando ao longo dos meses de gestação, sem a interferência humana, daí já se vê que somos materializados no útero. Por quem? Fica a pergunta.

Nossos filhos são pessoas diferentes, embora criados da mesma forma e pelos mesmos pais, então há um mistério na vida, senão seriam todos iguais, como uma produção em série, e não são. E amamos do mesmo jeito, embora ainda acreditem que uma mãe ame mais a um do que ao outro, ou outros. Acontece que cada um deles é um ser diferente, com reações diferentes, com pensamentos diferentes. O que não gostamos são essas diferenças no ser, não da pessoa, do filho em questão.

Então por que temos tanto problema em entender a nossa vida se ela nos dá os sinais? Não acreditamos em nós mesmos, precisamos da aprovação do outro para sentir que somos capazes, entramos em ciladas por pura falta de confiança. Cada vez mais vemos opiniões formadas no que o outro falou, no que ouviu dizer, no que a ‘boiada’ está falando. Já chegou a hora de ter a sua própria opinião, a sua visão de mundo, eu disse SUA. Com seus valores, experiências, formação familiar, quem você é de verdade.

Quando não se sente bem, sabe que tem algo de errado no seu corpo, mas ignora, acontece com o vizinho, mas não com você. Daí, quando vai ver, entende que você também é o vizinho. A vida que estamos enfrentando não é só para uma pessoa, é para todos, mas ainda há quem ignore e passe por cima, e pior, nem percebe a enganação, os truques para te enganar.

Viver não é fácil, mas não precisa ser burro ao ponto de ser levado pela jangada. Nascemos com inteligência para sermos nós mesmos. Aprendemos e somos capazes. Agora, aprender os erros e seguir, isso não é de você, é de maus exemplos que acha válidos, como a enganação, ou a esperteza em fazer o mal, levar vantagem e ainda assim se achar mais esperto. Mas e o dia que os sinais forem desfavoráveis para essas atitudes que vão contra seus propósitos da vida? ‘Tudo o que vem fácil vai embora fácil’, já ouviu? ‘Aqui se faz aqui se paga’, já ouviu também? É, ninguém sai dessa vida sem acertar as contas por aqui, e não precisa ser uma doença, pode ser qualquer coisa que tenha feito mal a alguém, e quando o bumerangue volta, te acerta em cheio.

Estamos vivenciando a pior fase da Terra, guerras pela posse de territórios; que envolve dinheiro, como se fossem imortais, ou levariam tudo junto, é motivo de riso. O poder sobre os outros, como os mais fracos, é o que pensam. As indústrias se juntam e umas ajudam as outras a ganhar cada vez mais. Os preconceitos só aumentam, os abusos de todo tipo também, parece que virou uma doença viral, cada vez tem mais.

Onde foi parar nossa capacidade de perceber as coisas? E a nossa origem, valores, exemplos? A manada corre solta, e ninguém respeita nada, está todo mundo com muita pressa, como se o mundo fosse acabar daqui a pouco. Paciência? Não existe mais. Agora somos ansiosos, depressivos, e ainda querem encontrar a felicidade. Acho que ficou lá atrás, quando roubaram de você o seu verdadeiro ‘Eu’.

Preste mais atenção em você do que nos outros, viva a sua vida intensamente, não se preocupe demais com o que estão fazendo, aonde estão indo, quantos milhões estão ganhando. Pense no que se pode fazer para realizar seus sonhos; e não é trapacear, é conquistar. O que te faz feliz? Assistindo ao documentário da Anita, percebi que tudo o que ela conquistou não a fez feliz, ela chegou aonde queria, mas se perdeu no caminho, e não eram esses seus planos. Agora está num retiro espiritual, tentando se encontrar novamente, e sabe por quê? O dinheiro e o sucesso cobraram caro da vida dela, e o que a faz feliz é chegar em casa e ser recepcionada pelos seus cachorros e família com muito amor. A cama da sua casa, a sua vida de verdade. Não se iluda com o que mostram, pense no que não mostram, é ali que mora a tristeza daqueles que você pensa serem felizes. Felicidade sempre foi e sempre será nas coisas simples da vida, e deitar a cabeça no travesseiro em paz.

Por Maristela Prado

A falta de empatia que vivemos

A falta de empatia das pessoas é algo a ser estudado. Falamos em ensinar às crianças, e isso é urgente, porque os adultos, nunca generalizando, não sabem sequer o significado da palavra, e muito menos incluí-la no seu dia a dia.

E não estou falando de um assento de cadeira de avião que virou notícia, sem comentários. Estou falando de compreender a situação, a dor, o momento, os problemas que enfrentamos.  Acontecem coisas na vida que não esperamos, não temos um calendário de acontecimentos, quando alguém vai morrer, se você está passando mal no dia marcado, que terá uma intoxicação alimentar, e tantas outras coisas.

Mas como sempre em primeiro lugar o dinheiro, nunca a pessoa. Cada um por si e os outros que se virem. Empatia significa se colocar no lugar do outro, entender a situação e usar aquilo que se chama de humano, que está em extinção, para compreender. Em vez disso, ‘Eu’ me preocupo comigo. Sempre o ‘Eu’.

Se convivemos com tantas pessoas ignorantes em lidar com outro ser humano, como teremos crianças empáticas e capazes de viver num mundo em sociedade que só se vê briga de poder? Estão aprendendo o individualismo, o narcisismo, e é muito mais difícil de se colocar essa virtude em questão no cotidiano das crianças.

Tenho visto e vivenciado tantas coisas difíceis de engolir que não pensei que um dia aquele mundo que eu sempre admirei se tornaria tão sujo e com pessoas tão pobres de espírito para com os outros. Acho que o descaso, ou o tanto faz, tornou-se uma forma de vida para algumas pessoas. Somos como descartes, não gostou? Joga fora.

Tenho uma amiga que de tempos em tempos ela faz uma limpa nas redes sociais dela, diz que tem gente que só olha, não conversa, não procura, não comenta, não curte, está fazendo o que lá? Ela tem razão, tem gente com milhares de ‘amigos’, será que fala com todos? Ou quer mostrar que é pop? Antes a gente falava que a inveja mora ao lado, agora mora dentro da palma da sua mão também. Por que não fazer isso com pessoas reais? Estão jogando fora também sem piedade nenhuma. Alguns até por utilidade, outros por interesse, e ainda o tanto faz.

Esse comportamento crescente está afastando as pessoas que se reaproximaram quando surgiram as redes sociais, que gente achava que poderíamos conviver novamente como antes, mas não durou. Nos comunicamos por meio de mensagens, e deixamos de nos comunicar pelo mesmo meio. Interessante isso, e, ao mesmo tempo, desagradável.

Seguimos a vida cada vez com menos pessoas que nos amam e amamos de verdade, sinto que cada um está vivendo como pode e como dá. A crueldade e a falsidade são sinônimos de como se vive no mundo de hoje, por isso sentimos tantas saudades do mundo de ontem. Não era perfeito, mas a vida era mais bonita.

Por Maristela Prado

A arte de viver

Depois de um ano tão cheio de surpresas, desde o início. Foram momentos de extrema alegria, conquistas, perdas, idas, fechamento de ciclos, novidades que alegraram o coração de uma nova vida chegando, e a partida de uma vida que durou noventa e dois anos, uma vida de dedicação total à família, desafios e pedras no caminho, mas formou uma família que frutificou com filhos, netos e bisnetos. Minha sogra Lucia. Ofereço esta crônica a ela, uma mulher que me recebeu na sua família como uma filha, e eu pude falar em vida o carinho que eu tinha e continuarei a ter por ela.

O ano ainda não terminou, depois de quase um ano de ter comprado o ingresso para o show da minha vida, ‘Maria Bethânia e Caetano Veloso’, pude ver de perto meus dois ídolos, na verdade, não acho que gosto tanto deles só pelos artistas que são, mas pela conexão que sinto quando estou ouvindo suas músicas, ou estando no mesmo lugar que eles estão. É um sentimento, uma emoção, assim como senti quando fui pela primeira vez a Salvador, pois sinto que tenho alguma conexão com essa cidade. Estou realizada, me sinto abençoada por ser quem sou, e pelo que me atrai, as pessoas que fazem parte da minha vida, minha família, meu trabalho e meus poucos amigos, mas de verdade.

Ainda teremos o Natal tradicional da minha família, esse diferente de tudo o que já passamos, na casa da minha filha, que formou sua família e está muito feliz, e minha sobrinha perto de nos trazer uma nova vida. Todos juntos e reunidos como sempre. Meu marido perdeu sua mãe muito perto desta data, mas compreende que a nossa família, filhos e netos estamos com ele, e todos os outros também. E onde estiver, dona Lucia ficará feliz em estarmos unidos nesta data que ela tanto gostava.

Ano que vem vocês conhecerão uma história de família que eu tenho muito orgulho de pertencer, poder mostrar um pouco de onde vem tudo o que sou e de quem começou. A família que me fez aprender os valores que tenho, os talentos, o gosto musical, a união, e minhas reflexões do mundo em que vivemos. A música da minha ‘ídola’ Maria Bethânia diz bem o que representa a vida que eu enxergo e coloco em minhas reflexões.

‘Quem me chamou?
Quem vai querer voltar pro ninho?
E redescobrir seu lugar
Pra retornar e enfrentar o dia a dia
Reaprender a sonhar

Você verá que é mesmo assim
Que a história não tem fim
Continua sempre que você responde: Sim
À sua imaginação
À arte de sorrir cada vez que o mundo diz: Não’

(Maria Bethânia)

Por Maristela Prado

A vida é uma história

Quantas histórias nós temos para contar? A partir do nascimento, tudo o que acontece é história, como dizia a música do Lulu Santos. “Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia. Tudo passa, tudo sempre passará”. Momentos são guardados na memória, passam rápido, mas nunca mais serão iguais, mesmo que queira reproduzir, mas a época é outra, o lugar, as pessoas, o comportamento, a atmosfera. Passa, mas vira história.

Tudo o que vivemos agora será parte da nossa história, um dia lembraremos com saudade, com o mesmo sentimento que tivemos, mas o tempo já é outro. Uma criança de cinco anos já tem história, pequena, mas tem. Quanta evolução desde o nascimento, quanto aprendizado, até acha graça dos acontecimentos daquele bebê que já cresceu, e ainda tem muitas páginas em branco para escrever.

E nós, adultos, quantas histórias já passaram, e quantas continuam por vir. Na próxima década, vou lembrar desse momento de introspecção em que estou agora e que me deu vontade de escrever sobre nossos momentos na vida. Essa crônica nasceu de uma reflexão de como a gente não se dá conta de que tudo o que acontece, seja agora, amanhã, semana que vem, será guardado na nossa história. Fez parte da nossa vida.

Não são apenas bons momentos, é uma pena, mas tudo o que acontece teve que acontecer, e em muitos casos foi assim que aprendeu, amadureceu, cresceu e entendeu a sua vida. Marcas também ficam. As pessoas vão e vêm, entram e saem das nossas vidas, mas deixam suas marcas.

Por isso aprendi que precisamos aproveitar todos os momentos que nos são oferecidos, os bons amigos, a família da qual você veio, a família que construiu, o trabalho, as oportunidades; nunca diga não, às vezes é a única que terá, diga que ama, abrace, beije, se divirta, trabalhe, estude, mas jamais deixe de aprender e reconhecer que comete erros, mas também acerta, e que está tudo bem.

Dessa vida não se leva nada, mas deixa recordações e sua essência. Trabalhe para deixar seu melhor, o que está fazendo agora vai ser sua história amanhã. Então, é melhor ter uma lista de boas lembranças do que não fazer falta.

O sentido da música na vida

Quem me acompanha sabe o quanto amo a música brasileira, já fiz várias críticas em biografias de nossos artistas da MPB. Cantam nossa língua, a nossa cultura.

Nas biografias vi a dificuldade que encontraram e ultrapassaram para se consagrarem e serem reconhecidos como artistas. Nunca foi fácil, a trajetória também não. Fizeram história, alguns passaram por exílio numa época em que tudo era proibido, uma simples menção já era considerada uma afronta. Tudo mudou, muitos já partiram, outros estão se aposentando, mas conquistaram uma legião de fãs espalhados pelo país.

Esta semana Caetano Veloso completou 81 anos, está deixando os palcos, meu ídolo. Me apaixonei pela literatura quando estava na faculdade de letras, pois na aula de interpretação de texto tinha um professor muito descolado e culto que nos dava letras de músicas do Caetano, dificílimas de decifrar, mas de extrema cultura, um linguista brasileiro.

Assim como ele, Gilberto Gil, Milton Nascimento e nossa mais recente perda, Rita Lee, foram artistas revolucionários em uma época em que se arriscaram a fazer música no país, sofreram com a repressão, mas se consagraram, eternizaram músicas que são ouvidas até hoje. Lotam shows, emocionam, inspiram novos artistas, estão deixando um legado na cultura.

Música, para quem gosta, tem sentimento e te leva a um passado cheio de saudade, um presente que te mostra a vida leve e solta. Dançar, cantar, emocionar faz bem pra vida, faz a sua endorfina dar prazer, felicidade – aqui entram os momentos de felicidade, a alegria, gostar da vida como ela é. Nesse momento não tem rico nem pobre, nem poder, nem nada, existe você e seu sentimento, o viver a vida e só.

Sou de uma família totalmente musical, cresci em meio a festas de família com muita música e alegria. Meus pais se conheceram na Rádio Clube, minha mãe cantava e meu pai fazia parte de um conjunto de músicas de samba canção, tocava violão e cavaquinho, tocava não, toca ainda. Aos 86 anos, todos os dias, acompanha pela internet conjuntos de chorinho com seu violão, é uma alegria de viver! Minha mãe ainda se arrisca a cantar, e canta bem!

Meus tios também se conheceram na mesma rádio, ele tocava bateria e ela cantava (in memoriam) , nenhum deles seguiu a carreira, mas influenciaram toda a família, filhos e sobrinhos, e assim cresci e aprendi a gostar de música, de todo tipo.

Não há como se sentir triste ouvindo música, é bom esquecer um pouco as coisas ruins que acontecem lá fora, relaxar, sorrir e até chorar de emoção. Faz bem.

Abaixo deixo um trecho da música “GilGal do álbum Meu Coco” de Caetano Veloso.

“Ele me ensinou
O sentido do som
E eu quis ensinar
O sem som do sentido”

A tragédia da vida

“A vida é uma tragédia, não um drama”

(José Celso Martinez)

A melhor frase que ouvi nos últimos tempos para definir a vida. Passamos a vida em busca de alguma coisa que nos traga satisfação, acalento para a alma, mas frequentemente não acontece como planejamos, quase sempre somos surpreendidos com aquilo que não queremos. Qual seria o motivo para não acontecer como se imaginou? Porque não temos o controle de nada, não entendemos que temos um propósito para esta vida, e que certamente insistimos naquilo que não é para ser. Está dando tudo errado? Não, está dando tudo certo, talvez aquele sonho seria a pior coisa que poderia acontecer na sua vida.

Sabe aquela frase “remando contra a maré”?, é isso, não chega a lugar nenhum, depois acha que nada dá certo, só acontece com você; é um drama, quando na verdade demoramos a entender que o caminho é outro, talvez até chegue aonde deseja, mas antes precisa aprender algumas coisinhas, conviver com pessoas que não vai gostar, passar por situações que não estavam no seu programa de satisfação, mas é o que tem que ser.

A tragédia da vida está justamente nas frustrações que nós mesmos causamos, nas expectativas que colocamos nas coisas e nas pessoas e que não nos agradam. A tragédia é que são mais espinhos do que flores, muitas pedras no caminho para ultrapassar, uma batalha após a outra.

Nada volta da mesma forma que foi um dia, seja bom ou ruim sempre será um novo tempo, um novo lugar, uma nova situação. Entre o passado e o futuro viva o presente, é aqui que está se construindo o futuro, é agora que se prepara, não para o que vai chegar, mas como será o resultado do que está sendo feito hoje. O passado não volta mais, só é capaz de voltar na sua memória, deixe ir, não há mais como mudar.

Mesmo que nada tenha acontecido como queria, tenha a certeza de que aconteceu como deveria, e não adianta fugir e nem culpar ninguém, na sua vida quem rema é você, são suas escolhas que te definem, se você não mudar ou não quiser entender você será o único culpado da maré te desviar do seu caminho. Está certo que às vezes entramos no barco com alguém que nos levará para as pedras, e, mesmo assim, entrou no barco porque quis.  

E quando a velhice chegar?

Se nos preparássemos para envelhecer não teríamos tantas expectativas. Ficar velho não é apenas rugas, pele flácida, dificuldade para andar, limitações. Envelhecer é missão cumprida no trabalho, nos propósitos que você carregou. Na família que você nasceu, na família que você construiu e, se assim foi, nos filhos – se os teve, nos netos, nas outras gerações.

Mas e essas gerações que vieram após você ter iniciado essa família, estão juntas acompanhando o seu envelhecer? Pois é, nem sempre o seu legado é reconhecido e respeitado, depara-se com a ingratidão e o interesse pelo que você vai deixar para as gerações que vieram. Triste realidade, mas ela existe.

Não ser mais ativo e independente é, na maioria das vezes, um símbolo de não se ter mais utilidade, ser esquecido e, quando não, entregue a mãos desconhecidas, pois sua família está ocupada demais para cuidar de você. Mas não para brigar pelo que lhe pertencerá um dia.

Por mais que apresente às pessoas sobre o que realmente faz sentido nesta vida, não muda nada, os bens materiais são mais importantes do que o amor e reconhecimento, o acolhimento que tanto é necessário nesse momento. Nascemos criança e no final voltamos a ser crianças crescidas, enrugadas por cansaço, por tanta batalha, só resta mesmo esquecer de tudo e não fazer mais nada, assim a alma não sofre mais, não temos mais nada a fazer, a nos preocupar – chega o Alzheimer.

A saúde mental não é preparada para esse esquecimento, seja ele seu ou dos entes queridos. A alma prefere esquecer de tudo, apaga a mente. As expectativas de uma ‘melhor idade’, como chamam, deixa uma interrogação. Isso é a melhor idade? Melhor para quem? Apenas se tiver saúde física, saúde mental e independência; sim, muitos têm.

Viver na solitude é o melhor remédio, depois de tudo, ainda poder ser dono de si, viver em paz. E quando fechar os olhos saber que foi muito bom cumprir a sua estadia aqui com louvor, e deixar saudades

A misteriosa vida   

Quantas vezes você já parou pra pensar o que está fazendo aqui? Às vezes fico pensando o quanto é misteriosa a vida. O desenvolvimento da gravidez já é um enigma, uma célula que se junta ao esperma, e ali tudo começa.

Nasce, cresce, passa por muitas etapas na vida para aprender a viver, e já está tudo preparado. Cada adulto tem a cartilha pronta e só passa as informações adiante, e assim aprendemos o que nos ensinaram. Espera, por que precisamos fazer as mesmas coisas, por que não podemos mudar a forma de pensar que acompanha geração após geração? As coisas não podem mudar?

Alguém precisa parar essa involução, se é sempre igual não tem evolução, são ciclos repetitivos, incansáveis e atrasados. Por isso é necessário parar, mudar as regras para alcançar aquilo que as outras gerações não conseguiram mudar. De tanta repetição, a sociedade carrega crenças que não combinam mais com o mundo atual.

O machismo, por exemplo, só continua porque alimentamos com as diferenças impostas em meninos e meninas; eles podem, elas não podem. Mulher é responsabilizada por tudo de ruim que aconteça com ela; claro, a mulher quer ser estuprada, desrespeitada, preterida no trabalho, no trânsito, na vida. Os homens, ah, eles são assim mesmo.

Ainda temos o preconceito, racismo, homofobia, gordofobia, xenofobia e, resumindo, a ignoranciafobia, a melhor palavra pra definir tudo isso. Então por que não mudar se a ‘evolução’ humana começou há tantos anos?

Daí a gente para pra pensar e se pergunta: O que eu vim fazer aqui? É tão estranho prestar atenção na rua e ver tanta gente circulando e fazendo as mesmas coisas, só são diferentes na aparência, mas não na formação humana. Pra onde vai essa gente? Todo dia fazemos a mesma coisa, sentimos sono, fome, frio, calor, dor, tomamos banho, saímos, voltamos, nada muda.

Somos crianças, jovens, adultos, idosos e, nesses intervalos de tempo, se morre, acaba tudo, e choramos pela perda e voltamos a viver mesmo sem as pessoas. O que é isso? E nada muda? E vamos em busca do quê se nada é nosso? Tanta briga a troco de nada.

Será que tudo isso é um sonho, um instante que passa ou viver é isso mesmo, essa busca incessante por nada e por tudo sem saber quem somos? Será o Universo as flores, os animais, o mar, rios, riachos e montanhas e nós estamos apenas vendo tudo isso? Se parar pra pensar, as únicas criaturas que vão embora e viram pó são os ditos Seres humanos, o resto continua intacto, recebendo os próximos humanos que vêm e vão.

Pensamento e intuição

O pensamento é uma massa que vibra, logo tudo o que se pensa é vibrado na mesma proporção, seja medo, raiva, insegurança, felicidade…

Cuidado com seus pensamentos, ele pode transformar a sua vida no pior significado, alimentar os sentimentos em realidade. Aprenda a ter o autodomínio, você é quem determina o que entra e o que sai da sua vida, seja seletivo, aquilo que se pensa é o que te define, é o que você faz, o que você mostra. Não adianta tentar esconder atrás da cortina a sua verdade se o que se mostra é tão simplesmente aquilo que se pensa e acaba sendo colocado em atitude.

Aquilo com que se compromete é o seu mais profundo interior, é o seu segredo em forma de conquista, de coragem de ser verdadeiramente aquilo que vive no seu pensamento, mas não havia se revelado. Pensar fala muito mais de você do que sua boca.


Intuição

É um pressentimento, uma sensação de que algo vai acontecer, pode ser bom ou ruim, algo que te incomoda te deixa inquieto. É um sentimento que atordoa, que te deixa ansioso. Uma confusão sentimental, um ato de importância para alcançar o mais alto nível de conhecimento da sua alma. Uma intuição jamais deve ser desprezada, sempre que achar que deve fazer algo, faça, pode ser a sua chance de alcançar o sonho desejado, ou talvez aquilo nunca volte a acontecer, pode não haver a segunda chance. Esteja sempre muito conectado com o que sente, apenas você é capaz de saber com clareza se algo que está na sua frente pode ser bom ou não.

É bom ressaltar que deve estar sempre consciente das situações, não confunda copiar todo mundo, ir na onda da moda com a sua realidade, a sua verdade, os seus princípios e ideais. Nem tudo o que se apresenta é o que se esperava, ou o que está de acordo com sua vida. Seja consciente e sério com você, não caia em armadilhas, ilusões que não te levarão ao seu lugar, atente para a sua ideologia, para o que você acredita e no que quer. Siga sua intuição, não ao que te sugerem o tempo todo. Ouça o seu Eu falando, você vai sentir que vem de dentro, e não de fora.