O que é ser mulher no Brasil hoje?

O que é ser mulher no Brasil de hoje? Eu, como mulher, sinto e vejo que a cada dia a mulher se destrói em sua verdadeira aparência e essência, para ser aceita, mas, ao mesmo tempo, isso tem um efeito contrário àquilo que se quer. Não apenas nas relações amorosas, mas consigo mesma.

São tantos os procedimentos estéticos para induzir à beleza fascinante, mas por trás tantas pessoas desonestas se aproveitando descaradamente, justamente para ganhar dinheiro, enganando, ludibriando mulheres que muitas vezes não têm nenhuma imperfeição a ser corrigida, mas são convencidas a acreditarem que têm.

No caso de muitas jovens, é impressionante as buscas pelas suas supostas imperfeições, que são apenas sua perfeição, sua origem natural; querer ser igual a todo mundo é falta de amor-próprio, a menos que seja um defeito corrigível, fora isso cada mulher tem sua própria beleza. No caso das mais velhas parece pior ainda, pois a falta de aceitação da idade e de suas consequências naturais está causando um impacto perigoso na saúde mental. Pode ter quem não acredite e ache que está ótima, o grande problema é quem não faz nada em nome da beleza. E eu pergunto: Do que vale a aparência de jovem se a cabeça não anda ou trabalha como jovem, se o corpo por dentro está velho? Do que vale se orgulhar dos seus cinquenta mais, se, na verdade, é só por fora?

O que você faz com a sua vivência se nitidamente está de lado para viver o bonito, o fascinante, que não traz nada além de elogios, muitas vezes falsos, invejado quando te falam. ‘Não aparenta a idade que tem’. Como assim, isso não é um elogio, no mais das vezes é uma maneira de te provocar. E por fim, qual a satisfação que há sendo que o que você sente não é o que aparenta? Como diz aquele ditado: ‘Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço’. Porque tudo aquilo que se fala e se faz ao contrário não vale nada. Então, o que você é por fora, não é por dentro.

Os casos de procedimentos que estão dando errado é um absurdo, feitos por pessoas desqualificadas, sem conhecimento algum. Colocam depoimentos de pessoas que “já” fizeram falando super bem. Será que ainda não entenderam que isso é estratégia? Por que só teria dado errado para você? Dentista cuida da saúde bucal, não é esteticista, se não gosta do que faz, faz o curso, aprende, mas seja honesto. ‘Não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você”.

E nada disso muda o abuso contra a mulher, ao contrário, os números só aumentam e cada vez mais cruéis. Ser linda, ‘perfeita’, fazer todos os procedimentos, nada disso faz diferença, os abusos estão aí para provar, sabe por quê? Não é o externo que faz diferença, é ser mulher. Independente, inteligente, multifacetada e, principalmente, não precisar de ninguém. Cuide-se por você, sem se preocupar em mostrar para os outros, mas cuide da sua mente, das suas habilidades. Esteja sempre por dentro de tudo, não se permita ser enganada. Quem se aceita e sabe o que quer, se ama como é. O tempo? Mostra o quanto você já sabe, o quanto é importante nessa vida, tudo o que já vivenciou. Se chegou na terceira idade, se dê por feliz, agradeça, tem quem não chega. E vamos falar a verdade, ainda tem muito o que fazer e aprender. A gente vive e aprende, e morre sem saber tudo. Aproveite sua vida e seja feliz como é, cante, dance, ouça muita música, saia e deixe a vida levar. Mais vale uma vida bem vivida do que acabar com seu mental por uma promessa que jamais será cumprida. No fim, todos que envelhecem vão sofrer com os anos que seu corpo ainda suporta. As jovens de hoje também irão chegar nessa idade, e sempre haverá mais jovens, e não podemos nos comparar mais. Viva a maturidade sem medo. O etarismo só existe porque há quem não aceite.

Por Maristela Prado

Anticultura do Brasil

 No dia 2 de março de 2025, o Brasil ganha seu primeiro Oscar de melhor filme internacional. Um filme biográfico da época da ditadura no país, conta a história de uma família que sofreu com as barbáries que eram cometidas. Rubens Paiva, eleito deputado federal por São Paulo pelo PTB, em 1962, partido do então presidente João Goulart. Com o golpe militar de 1964, seu mandato foi cassado, e teve que se exiliar na França. Quando voltou ao Brasil seguiu com sua formação de engenheiro civil no Rio de janeiro. Em 20 de janeiro de 1971, foi levado da sua casa, sem mandado de busca, acusado de manter contato com exilados políticos, e foi brutalmente torturado e morto, sem nunca terem encontrado seu corpo. Sempre foi defensor da democracia, teve sua vida e de sua família destruída.

Esta não é a única história de desaparecimento e tortura registrada no país, muitas outras famílias que sofreram e carregam essa história até hoje. Foram destruídas por um sistema brutal de repressão e censura. Como o caso do jornalista Wladmir Herzog. Sua postura jornalística, relatando acontecimentos sobre a ditadura, fez com que também fosse levado para esclarecimentos, mas foi torturado e morto nos porões da repressão, em 1975.

Cinema, literatura, jornalismo, teatro, artes em geral são sinônimo de cultura. Hoje vivemos, ou tentamos viver, numa democracia, mas não é bem o que acontece, e, apesar de termos tantas informações, tem quem ignore a verdade, como se isso fosse o correto. Mas se nas guerras pelo mundo afora nos revoltamos com mortes de inocentes, ou até mesmo quando sabemos de esquartejamentos e torturas, há quem defenda uma época em que houve tudo isso e muito mais. Por que a anticultura num caso real que deixou marcas em muitas famílias?

Infelizmente me deparei com publicações de deboche pelo filme não ter ganhado todas as indicações, como se fosse um fato político atual. O que um Oscar tem a ver com a política de hoje? Qual a relação de não ter ganhado como melhor atriz; ou o que soa estranho é terem dado o prêmio para uma jovem num papel de dançarina de poli dance? Por que não Demi Moore ou Fernanda Torres?

Ganhamos um Oscar pela primeira vez na história do Brasil, deveria ser motivo de orgulho, mas infelizmente temos brasileiros que torcem contra seu próprio país. No entanto, é aqui que fazem a vida, carreira e ganhos. Foi sim muito merecido, seremos reconhecidos pelo nosso cinema. Ela, Fernanda Torres, nunca quis sair daqui para fazer carreira internacional, e é uma grande atriz. Aos quase sessenta anos ganhou um prêmio gigantesco, mas muitos dos que estão debochando sequer ganharam na escola uma medalha ou símbolo de melhor aluno.

O problema, parece, é que a história contada da realidade que queremos esquecer incomoda. Um país sem cultura não tem história, não tem um povo capaz de transformar nada. A cultura traz entendimento, posicionamento e lucidez. Quem não quer saber de cultura, não tem saúde mental, vive pelo ódio, pelo contra, pela desordem. Os americanos têm orgulho da sua cultura, o que ajuda a forjar artistas de sucesso. O artista sem reconhecimento do seu povo procura fora, e o pior é que encontra. Meu avô já dizia: “Não discuta com ignorantes, eles nunca vão entender”.

Acabou o carnaval

Ah! O Carnaval. Quantas lembranças boas de uma época que não volta mais, a época das marchinhas, das bandas e dos clubes. Do Carnaval de rua, que ainda existe, mas que não era sobre corpos, era sobre diversão, cultura de um país, o samba. Vinham gringos, europeus, até o Príncipe Charles se rendeu ao Carnaval do Brasil, no Rio de Janeiro, arriscando sambar com Pinah, ícone do Carnaval daquela época; e ainda se faz presente. O Carnaval da Bahia, com seus trios elétricos, Pernambuco com o frevo e o maracatu, Paraíba e suas tradições. Manaus com os ‘bois’ Caprichoso e Garantido, conhecidíssimos no País, os desfiles de fantasia que não existem mais. A diversão de forma literal passou.

E o que temos no Carnaval de 2025? Além dos desfiles de rua e de sambódromos tradicionais de Rio, São Paulo e outros Estados, cada um com sua regionalidade e tradição, nos chamados bloquinhos e salões que ainda promovem a festa temos funk, rock e alguma coisa de Carnaval, tudo misturado. Quem inventou que trio elétrico toca Anita, Pablo Vittar, MC, sei lá o quê? Axé, Olodum, ok, fazem parte dessa festa, mas, por favor, cada um no seu espaço. Façam seus shows para quem não quer curtir o Carnaval, passam o ano todo fazendo apresentações meteóricas, e na festa de Momo vão para um trio elétrico? O trio Armandinho, Dodô e Osmar fez sucesso em Salvador muitos anos, hoje só está vivo Armandinho, mas segue a tradição com o trio.  Outros grandes nomes também apareceram, como Chiclete com banana, Asa de águia, Banda Eva, Ivete Sangalo, Daniela Mercury, artistas que consagraram o Carnaval baiano. Eu mesma fui atrás do trio elétrico, e foi uma experiência muto boa. Mas o que é o Carnaval, sempre foi assim rolando de tudo, ou era apenas uma festa que ficou famosa?

As atrações mudaram muito, e é importante que haja evolução na vida. Os amores de Carnaval sempre existiram e continuarão a existir, a alegria, as fantasias, a diversão. Alguma coisa não casa mais com a data, o contexto sexual parece ser o mais importante, não é a diversão. Talvez não se toque mais as marchinhas porque hoje seriam censuradas, como uma ditadura onde não se pode contextualizar nada que possa ser considerado como preconceito, mas antes era apenas uma brincadeira de Carnaval, e ninguém se ofendia a ponto de brigar ou até mesmo matar alguém. Não existia a intenção de ofensa; algumas faziam apologia ao racismo ou à bebida, mas a intenção não era ofender. Vivi minha adolescência nos anos 80, e os carnavais de salão eram animadíssimos, com bandas tocando as marchinhas, inclusive exaltando times de futebol, mas ninguém brigava por isso, era pura diversão. Como fazer músicas para o Carnaval sem brincar? Inventaram uma maneira que foge totalmente do original, mudaram até letras de algumas marchinhas que fizeram a alegria durante anos e anos, e Carnaval virou paradas de sucesso. É a vida seguindo acelerada e cheia de mudanças. E nós, que passamos todas essas transformações, temos de seguir, querendo ou não.

 “Quem viver, verá

Que não foi em vão

Eu quero é muito amor no Coração” (Trecho da música Amor no coração’, com Simone)

Por Maristela Prado

Os perfeitinhos mais imperfeitos

Sabe aquela frase “Deus escreve certo por linhas tortas?”. Pois é, não tem nada de verdadeira, pois Ele escreve certinho em linhas certinhas, nós é que desviamos do caminho e fazemos besteira. Pensa bem, você sempre soube o que queria, do que gostava e do que não gostava, mas se deixou levar por ouvir muitas opiniões que não faziam sentido para você, e assim não foi em busca, ou procrastinou o seu desejo.

Para de culpar seus pais, eles até podem ter dado palpite, mas nós somos quem temos que ser corajosos e fortes para realizar os nossos desejos, e eles estão guardados dentro de nós. Imagina quantas pessoas morreram sem fazer o que queriam ou o que deveriam ter feito, simplesmente por não terem perseverança, determinação. Vale a pena? Claro que não, viver uma vida forçada e sem as suas realizações não fazem sentido.

Todos nós temos talentos, um propósito em estar aqui, e uma missão. Quantas vezes parou para pensar nisso? Muitas pessoas procuram uma profissão que lhes dê condições de ganhar bem para conquistar os bens materiais, mas não gostam do que fazem. Outras buscam uma forma de ganhar dinheiro fácil, mas sem aprender nada, sem dominar um assunto sequer. Esta pessoa está vivendo no caminho dela? Não, está vivendo o fluxo, o que acha que vai ser bom, mas o bom é o que a gente gosta de fazer, aquilo que te faz feliz.

O que observo é que muitos estão mais preocupados em conquistas do que em ser felizes, depois querem saber o que é a felicidade. É ser você mesmo, viver do seu jeito sem ter que dar satisfação a ninguém. Sabem falar, reparar, criticar, mas não sabem cuidar nem da própria vida e ainda querem ser felizes.

Como está acontecendo com a atriz Paolla Oliveira, que não tem um dia de paz, é uma pessoa pública, mas acham que é um ser que precisa ser perfeito. Ela é perfeita nos moldes dela, não interessa se engordou, se é bonita, se precisa melhorar. Dane-se, ela é o que quiser ser, ela chama tanta atenção justamente por ser quem quer ser. Não entrou nessa neurose cansativa da magreza extrema, sem sal e sem autenticidade, não é montada, não é artificial, é ela mesma. Querem bonecas? Manda fazer uma de plástico, porque quem é de carne e osso o tempo vai cuidar de mudar o corpo, querendo ou não, vai envelhecer, perder a jovialidade, isso chama-se vida real. Deixem a moça em paz, ela é linda com todas as imperfeições que têm, e quem fala também é imperfeito, só não é famoso.

A inveja vem dos olhos de quem não se aceita, queria ser o outro, a luz do outro resseca essas pessoas. Por isso, a cada dia temos mais notícias ruins, os milionários querem ser bilionários, os pequenos poderosos querem ser grandes poderosos, os imperfeitos (todos) querem a perfeição; e nem pensam na cultura, educação, só visual mesmo. E agora até países entram em disputas cada vez mais insanas na ânsia de provar qual é melhor, qual tem mais poder. Nunca acreditei no fim do mundo, mas olha, que está com cara de fim, está.

Por Maristela Prado

Qual é a sua história?

Acabei de escrever uma biografia sobre a história da minha família, afinal todos temos uma história a ser contada e lembrada. Quem nunca disse ‘minha vida daria um livro’. E dá mesmo, seja qual for a trajetória, pois escrevemos uma página por dia até o fim de nossas vidas. Todos os dias, ao acordar, é um novo dia que começa, um novo capítulo que não sabemos o que vai acontecer, depende de nós, podemos fazer coisas boas ou não.

Quando comecei a escrever essa biografia não tinha ideia da dimensão que isso tomaria, são minhas lembranças, minha visão do que vivi e escutei sobre o que aconteceu antes da minha existência nessa vida. Daí fica a dúvida: quem vai querer saber do que vivi? Muita gente vai querer, e sabe por quê? Ela é única, tem intensidade, curiosidade, e uma trajetória que nunca conheci outra igual. Até porque, cada um faz e tem a sua.

Entendi que desde o meu nascimento, até os dias de hoje, faço parte de uma geração que viveu e acompanhou todas as transformações do mundo. Por exemplo, lá atrás eram poucas as pessoas que tinham televisão e telefone, comíamos doces à vontade, feitos com açúcar puro, brincávamos na rua de pular corda, amarelinha, bambolê, queimada, passa anel. Nossa, nem dá para enumerar tantas brincadeiras. Não tinha TV a cabo, muito menos controle remoto, tinha mesmo era que se levantar do sofá para trocar de canal no seletor manual, e devagar, senão levava bronca. Criança era criança, adulto dava as ordens, havia hierarquia e respeito, beleza era sinônimo da natureza, ou era bonita ou não era. Os carros eram simples, e éramos felizes assim.

O que mudou? Tudo. Passamos do telefone para o celular tijolão, depois os pequenos, agora os smartphones que fazem de tudo, até aplicação de golpes facilitam. Agora, você muda com os canais da TV sem sair do lugar, e paga alguns canais se quiser assistir coisas diferentes. As fotos não têm mais filme para revelar, o resultado se vê na hora e, se não gostou, apaga e faz outra. Carro quase todo mundo tem, um melhor do que o outro, centenas de marcas, potência, modelos. Criança? Brinca no celular ou tablete, chupeta é tela, nem propaganda de brinquedo tem mais. Ninguém mais tem telefone em casa, mas se é achado em qualquer lugar, não se tem sossego nem privacidade, tem é golpe. Respeito e hierarquia não existem mais, crianças e adolescentes sabem mais do que um adulto bem vivido. E assim vivemos hoje, com tanta tecnologia e evolução, mas não somos mais felizes do que antes.

Meus filhos já vivem essa lembrança, das fitas VHS das locadoras de vídeo, do MP3, Discman, bichinho virtual, a sandália da Sandy, a chuteira do Ronaldinho, o Nike Shocks, os estojos de canetinhas e lápis, que adoravam, a internet discada, o computador de mesa, os CDs, os programas infantis, como ‘Castelo Rá-Tim-Bum’, revistas educativas para as crianças, os grandes clássicos da Disney, a vida de verdade, enquanto doces e comidas foram modificados e agora fazem mal e causam doenças e obesidade. E hoje vivemos a vida de mentira.

A beleza é falsa, a felicidade é falsa, tudo é concorrência, tudo é como um quadro do programa do Silvio Santos, o “Quem dá/tem mais”. Será que ainda tem jeito? como diz a música do Ivan Lins? Se foi o próprio ser humano que mudou tudo isso e fez essa bagunça, por que não sabe voltar atrás e melhorar de novo? A evolução deveria ser mais humana do que tecnológica, mas infelizmente não é o que acontece, apesar de muitos torcerem para a melhora, há outro tanto que prefere que  permaneça assim, e essa pouca porcentagem estraga tudo. Se tudo depende de nós, só será possível vivermos em paz novamente se todos entrarem na mesma sintonia.

“Depende de nós
Se esse mundo ainda tem jeito
Apesar do que o homem tem feito
Se a vida sobreviverá”

(Ivan Lins)

Será ignorância ou maldade?

Quando o homem é de verdade, não foge às suas responsabilidades. Quando há separação do casal, a responsabilidade da criança continua sendo dos dois, afinal a gravidez não começa apenas com um óvulo, sem que seja fecundado; salvo a gravidez in vitro, caso a mulher não consiga engravidar.

Falando sem argumentos científicos, vamos direto ao assunto. Alguns pais, quando se separam, além de acharem que a responsabilidade é da mãe, ainda não querem pagar nada, por alegarem que a mulher vai usar o dinheiro para uso próprio. Quanta maldade e ignorância há nesse comportamento. Uma mulher vive muito bem sozinha, pode fazer tudo o que destinaram ao sexo frágil, como cuidar da casa, comida, filhos, trabalho, e ainda ser independente, inteligente e ganhar seu próprio dinheiro; para os desavisados, a pensão é para o filho menor de idade, pois apesar da separação não existe ex-filho, sua responsabilidade continua.

Quando a mulher engravida, naturalmente seu corpo se transforma, existe um ser sendo formado dentro dela, e não dentro do homem. Seu corpo muda, seus hormônios mudam, e a mulher muda também depois de ser mãe, só não muda sua essência de ser mulher, essa que carrega durante nove meses uma criança no ventre, amamenta, sente dores, vive intensamente a dádiva de ter dentro dela um ser. Mas nem todo homem dá valor a isso. Quando deixam mãe e filho, acham que jamais terão problemas pós terem filhos, mas e a mulher? Já ouvi essa frase uma vez, e hoje tenho pena de quem falou. “Ninguém vai te querer com um filho, o seu corpo já não é mais bonito”. Pois é, a praga virou para o praguejador. Hoje, essa mãe e mulher que ouviu essa insanidade está casada e o filho vive a vida de uma família que lhe foi negada. Já quem praguejou isso, está sozinho, será que é porque tem um filho, ou o corpo dele mudou e já não é mais aquele moço?

Devemos cuidar das nossas palavras, elas têm força e o Universo traz respostas, e normalmente são piores do que as que se desejou a alguém um dia. Devemos também ter amor, aceitação e dignidade para sair de uma relação sem deixar rastros malvistos, o que nos move nessa vida é o que somos, não o que temos, hoje você tem e amanhã pode não ter mais. Suas atitudes são determinantes para seu futuro, se viver com raiva ou pensar em vingança, sua vida será uma batalha sem fim. Estar mais preocupado com a vida do outro do que com a sua vida te faz perder tempo com você mesmo. A vida segue, independentemente da sua vontade. Os filhos crescem e entendem a realidade.

Ao longo da vida, conhecemos muitas pessoas, aprendemos o tempo todo, amadurecemos e tiramos nossas próprias conclusões, e a culpa não é de ninguém, é de quem fez acontecer, não tem volta. Por isso, viva para ser feliz e deixar boas lembranças, já pensou alguém lembrar de você com asco? Imagina o que foi feito para que isso acontecesse.

A vida não perdoa, quem faz o bem recebe o bem, quem faz o mal recebe o mal, simples assim. Ninguém vai sair daqui antes de rever seus erros. Todos erramos, alguns mais, outros menos, mas erramos. Afinal, estamos aqui não é de passagem, como dizem, é para aprender, por isso temos os altos e baixos. Ninguém está sempre por cima, pois a gangorra da vida não para, nós é que temos de evoluir e aprender com os erros. Tem quem não aprenda nunca, chance a vida dá, só não pega quem ainda não entendeu que a vida não é dos espertos, é de quem aprendeu a viver amando e respeitando. Nesse caso, ser um homem de verdade.

Por Maristela Prado

A violência diária em forma de novela

Já não se faz mais novelas como antigamente. Sempre venho falar, ou comparar, o novo com o velho. Seria uma divergência de gerações, ou realmente os valores mudaram muito? Na minha opinião, acho que atualmente vivemos uma dura realidade em todos os sentidos da vida, principalmente nas opiniões. Vivemos numa democracia em que deturparam a liberdade de expressão, em falar o que quiser, doa a quem doer. Não é bem assim. Liberdade significa escolhas, e não ofensas.

Todos temos nossos direitos, mas com limites. Não posso sair por aí batendo, quebrando as coisas por raiva, isso não é direito, é falta de educação e respeito. Violência se aprende, não se nasce violento. Nunca foi na violência que se conquistou algo e nem respeito. Passamos o dia sabendo de atitudes absurdas por acharem que é assim, mas não é.

Nem mesmo no descanso se relaxa. Basta ligar a televisão e está lá noticiário de assassinato, sendo o que mais dá repercussão, sobretudo para emissoras sensacionalistas, as quais adoram causar pânico e medo. O desencanto e, de certa forma, a tensão segue até mesmo nas novelas, que milhões de brasileiros sempre amaram, pois, as tramas se passam principalmente em torno do dinheiro, da riqueza, da safadeza, da violência, do machismo, dos desejos de quem só visa a si.

Fala-se tanto em corrupção e existem tantos corruptos ao nosso redor, pois quando se suborna alguém, quando se dá um jeito de não pagar imposto, coagir, intimidar, trapacear para se dar bem, difamar um colega para conseguir seu cargo, furar fila, ser dissimulado, são atos corruptos. Tem tanta coisa que é corrupção, e os especialistas de fofoca, ou alienados sem informação, falam só de políticos.

As novelas, os jogos online, estão formando experts em violência e trapaças. Hoje, até no núcleo pobre das novelas se dá um jeito de mostrar quem não aceita a vida que leva e parte para o pior. Não tem mais a parte engraçada, o subúrbio de gente simples, só poder, poder e poder. Parece que é assim que tem que ser.

Perderam a mão, estão partindo para um lado que não está dando certo, os remakes estão aí para provar que não é esse o caminho, mas até mesmo a volta de novelas de sucesso no passado não tem o mesmo poder de sedução. E por um simples motivo: nas mãos de roteiristas atuais, que acham que aquele modelo está ultrapassado, mudam a essência, comportamentos, com a justificativa de que é preciso atualizar, pois os tempos são outros. Tudo bem que tem uma coisa aqui, outra ali que precisam ser mudadas, mas deixar de lado aquilo que deu certo é burrice.

Temos ótimos artistas dispensados, eles que deram vida a personagens inesquecíveis, mas que hoje não têm a oportunidade de poder transformar um texto ruim numa grande adaptação, como foi com a novela ‘Amor de mãe’, com artistas do nível de Regina Casé e Adriana Esteves. As duas fizeram a história fluir como se fosse real, mesmo após a retomada pós-pandemia. A partir daí, porém, a impressão que se tem é que aquele hiato mudou tudo, para pior.

O remake de Pantanal deu muito certo até agora, com artistas experientes e uma protagonista jovem e muito talentosa que deu vida a Juma. Até agora, dos remakes realizados, essa foi a melhor. Esperamos que não assassinem ‘Vale tudo’, que foi uma trama realista, mas sem os exageros atuais. Um pouquinho de ficção ainda cai bem.

Por Maristela Prado

Quando a liberdade dependia do silêncio

Nasci em julho de 1964, apenas quatro meses depois do golpe militar que implantou a ditadura no Brasil. Época marcada por conflitos, torturas, perseguições e medo. Ninguém tinha voz, e quem dava a voz era perseguido, e mesmo aqueles que nada tinham a ver com a situação, poderiam ter a infelicidade de estar passando no local errado, na hora errada, e muitas vezes eram pegos, torturados e desapareciam. Hoje vivemos um medo parecido, só que de balas perdidas e de uma criminalidade desenfreada, que tem tomado conta das cidades, mas também de pessoas desequilibradas e fanáticas que, às claras, defendem a volta do período em que a nossa liberdade dependia do nosso silêncio.

Nenhuma nação sobrevive à violência física ou moral, nem mesmo uma criança aprende apanhando; aprende que bater é normal, e quando se sentir ofendido deve bater. Então, o que a repressão e a tortura podem ensinar? Nada. Ter medo não é ter respeito, surge a raiva, o ódio. O ser humano não nasceu para se calar diante do que não aceita, somos livres para gostar ou não, aceitar ou não os desejos de quem acredita que manda, que o poder lhe torna superior, sublime. É apenas outro ser humano como outro qualquer, ser rico ou pobre, branco ou preto, homem ou mulher, ser desta ou daquela religião, ter ou não ter, não diferencia um ser humano do outro.

O que está faltando no Brasil e no mundo é amor, dignidade e respeito. Existem pessoas em situação de miséria total, e outras querendo cada vez mais, e sequer pensam no outro. E, mais do que isso, ainda discriminam o pobre que, muitas vezes, é sua própria origem. Todas as maldades que vemos hoje são por poder, por domínio. Precisamos do equilíbrio, nem muito, nem pouco. Mas isso não vai acontecer, sabemos.

Podemos, e devemos, salvar as crianças que estão nascendo, e as que já estão em fase escolar, ensinando valores da vida, não das coisas. Criando filhos que aprendam que viver não é uma questão financeira e nem de poder, é uma postura de dignidade e de respeito. Na nossa bandeira, de todos os brasileiros, está escrito “Ordem e Progresso”, não existe nem um, nem outro. Ordem não é silenciar o povo, é dar exemplos de cidadania, e progresso é trabalho, educação, condições dignas de viver em um país desenvolvido, que há tanto tempo ouço sobre isso, mas como desenvolver um país onde o poder só serve para eles próprios e não para o povo?

Lembra da palavra ‘harmonia’? Faz tempo que não se fala dela, escutar o outro, não só falar e se colocar no topo da conversa, ou ainda fazer prevalecer a sua opinião. Você tem sua razão, eu tenho a minha. Ter argumentos quando for julgado, não precisa humilhar, mexer na ferida, isso é covardia e frustração, é feio. Ajudar a quem precisa não é só financeiramente, mas também emocionalmente, entender os sentimentos, seus e dos outros, a tal da empatia, lembra?

Pedir licença, dizer obrigada(o), desculpa, não é moda, é educação, e isso vem de casa, escola nenhuma tem obrigação de dar educação, as escolas ensinam conhecimentos, cultura; embora haja quem não aceite, ética e convivência, mas já é urgente que se introduza a educação emocional que está perdida nas telas onde é terra sem lei, nas imagens de violência dos jogos que as crianças começam a ter acesso desde de muito pequenas, tudo isso é exemplo de vida, tudo pode. Os adolescentes precisam de mais atenção, estão se preparando para a vida adulta, e não podem seguir com esses princípios. É agora, não é para pensar, não dá mais tempo, os problemas emocionais estão crescendo a cada dia, nunca se teve tanta depressão, ansiedade e tantos outros problemas mentais. Uma Nação para prosseguir não precisa de bomba, de alguém reprimindo e calando o povo, precisa de paz e de humanidade.

 Corremos o risco de uma evasão de professores por excesso de problemas mentais, exaustão mental por crianças e adolescentes malcriados que desaprenderam a hierarquia. Sim, ainda existe, o professor está ali para ensinar, se você já soubesse não precisaria estudar, mas não é isso que aprendem.

Por que falei tudo isso se comecei falando do golpe militar de 64, ano em que nasci? Porque nada se aprendeu com a repressão, pois apenas o medo era o principal ‘motor’ daquela baderna. Aconteceram tragédias com pessoas que apenas queriam a liberdade de volta, acabou com famílias. Então vamos lutar pela educação de verdade, por meio da qual se aprende sobre emoções, dores e sofrimentos causados pelo sarcasmo, pelo prazer de destruir o outro, como se aquele que faz isso não tivesse uma ferida que não quer ser mexida.

Sou filha dessa ditadura, mas vivi e sobrevivi com minha família, numa vida simples, naquela época não precisávamos provar nada a ninguém, marca era apenas uma marca. Nunca faltou nada na minha casa, nem amor. Tenho o prazer de ter educação e respeito, aprendi em casa. Aprendi também a ter cultura em meio a muitos livros, jornais e revistas e muita música. Pais dignos, trabalhadores e cultos, que nos ensinaram a ter respeito e comportamento, e nunca foram chamados na escola para resolver uma agressão, uma palavra mal falada. Na escola aprendi a ter conhecimento, e respeitar a quem me ensinava.

As crianças nada têm a ver com tudo isso, são vítimas de maus exemplos, de ambientes conturbados, da tecnologia que lhes levam a qualquer lugar, a ter informações que não deveriam saber agora, a ter acesso a tudo sem limite. Se cada um começar uma pequena mudança, daqui a alguns anos teremos um mundo melhor para as próximas gerações. Plante agora, você não vai se arrepender.

Por Maristela Prado

A desmistificação dos padrões de beleza

Dependendo da sua idade, já ouviu falar inúmeras vezes sobre padrões de beleza. É verdade que a mulher sempre foi cobrada por tudo desde sempre. Ser educada, saber sentar-se, falar pouco (isso há muitas décadas), marcar a cintura, corpo com medidas exatas, dependendo de cada época, era o comportamento quase que geral. Desde que Jane Fonda, atriz americana, gravou um vídeo cassete fazendo exercícios físicos e ensinando como fazer, lá nos anos 80, tudo começou a mudar, aos poucos, mas começava o culto do corpo perfeito.

As mulheres brasileiras sempre foram elogiadas pelo corpo diferente das europeias ou americanas, que eram, geralmente, magras demais e sem formas, mas com peitos grandes, coisa que brasileira nunca foi. Por aqui, cintura fina, quadril largo e pouco busto estava perfeito. Lembro até que achávamos feio aquelas gringas sem ter o que mostrar. Ali tinha início a era das modelos que se tornaram internacionais e, junto, os corpos magérrimos começaram a aparecer.

O que ninguém sabia é que por trás daquele corpo magro, sem nenhuma gordurinha, havia muito sofrimento. A bulimia, a anorexia, muitas chegaram à morte, como a cantora Karen, da dupla “Carpenters”, sobrenome dos irmãos, que faleceu de parada cardíaca aos 32 anos, em 1983, vítima de anorexia nervosa devido às dietas rigorosas que fazia, já naquela época. Não parou por aí, muitas outras mulheres tiveram o mesmo problema, algumas salvas, outras não.

Com o passar dos anos, e a tecnologia chegando ao mundo, foram aparecendo outras formas de padrões de beleza e perigosos, como a lipoaspiração, que também matou muitas mulheres. Nunca mais parou, sempre acaba existindo mais uma forma, outra dieta, remédios, as canetas milagrosas que matam, os exageros com anabolizantes para ter o resultado mais rápido, para mulheres e homens também (parra o corpo perfeito não existe gênero e nem limites).

Procedimentos de todos os tipos, que às vezes deformam, modificam aparências, alguns até parecem sair de um lote de fábrica, todos com a mesma aparência, nada original, tudo falso, apenas para se enquadrar nessa sociedade doente que não aceita envelhecer, e nem ser como é de fato. O que pode ter de tão errado em um jovem ao ponto de fazer tantas loucuras? Somos imperfeitos e jamais chegaremos na perfeição, e está tudo bem.

Algumas atrizes, inclusive estrangeiras, já estão começando a desmistificar toda essa loucura, estão começando a parecer sem maquiagem, sem artifícios, sem filtro; como se diz hoje, não por relaxo, mas pelo cansaço de estar sempre bela, de mostrar a fantasia e não a realidade, elas também são seres humanos como qualquer um, não estão maquiadas em tempo integral, nem penteadas, nem com roupas diferentes a cada dia, nem de salto. Chega! A vida normal e natural é muito melhor.

Isso não é saudável, isso mexe com sua saúde mental, autoestima baixa, frustração por não ser como aquele personagem que você vê nas revistas, nas telas, elas estão trabalhando e precisam estar assim. Não dormem e acordam lindas, usam pijama, chinelo, ou andam descalças, elas vivem a mesma vida que todos vivem. Só são famosas e dependem da aparência para serem aceitas, mas estão cansadas, e por isso tentando mostrar para outras mulheres que a vida não é uma novela, nem um filme, nem o palco de um show. A vida de verdade é a que vivemos diariamente. Estamos num mundo sombrio e de mentiras, estamos nos alimentando do que não existe, do que não sabemos de verdade. Há muitos problemas por trás de uma artista linda e bem cuidada na frente das câmeras, nada do que vemos é de verdade, é a ilusão que querem que você acredite e consuma. Alimentos prometem milagres, mas, na verdade, está te adoecendo para que ali na frente tenha que comprar remédios, para cada coisa diferente que aparecerá. Os cremes caríssimos, importados, podem virar dívidas; você vai gastar o que não tem porque a influencer tal falou que usa e é ótimo! Ela não usa, ela ganha para falar bem, e você gasta e continua a mesma. A roupa que você não pode repetir, os quilinhos a mais que não pode ter, a comida que não pode consumir; tiram tudo e acabam ficando doentes de verdade.

O etarismo, não se pode envelhecer, juventude eterna só por fora, pois por dentro, meu bem, não dá para transplantar tudo novo, a dor chega, os órgãos envelhecem, a pele modifica, o viço da juventude foi embora. Agora, se cuidar da sua saúde mental, estar lúcida, continuar a trabalhar sua mente, fazer exercício físico todos os dias para ter saúde, se alimentar corretamente, deixando de comer produtos ultraprocessados que nada aliam à sua saúde, já é garantido que terá uma vida tranquila e em paz. Jovem você já foi, se aproveitou está ótimo, se não aproveitou, pega o trem agora e vai curtir sua liberdade, e seja quem você é de verdade. Os outros? Um dia vão acordar.

Por Maristela Prado

A falta de empatia que vivemos

A falta de empatia das pessoas é algo a ser estudado. Falamos em ensinar às crianças, e isso é urgente, porque os adultos, nunca generalizando, não sabem sequer o significado da palavra, e muito menos incluí-la no seu dia a dia.

E não estou falando de um assento de cadeira de avião que virou notícia, sem comentários. Estou falando de compreender a situação, a dor, o momento, os problemas que enfrentamos.  Acontecem coisas na vida que não esperamos, não temos um calendário de acontecimentos, quando alguém vai morrer, se você está passando mal no dia marcado, que terá uma intoxicação alimentar, e tantas outras coisas.

Mas como sempre em primeiro lugar o dinheiro, nunca a pessoa. Cada um por si e os outros que se virem. Empatia significa se colocar no lugar do outro, entender a situação e usar aquilo que se chama de humano, que está em extinção, para compreender. Em vez disso, ‘Eu’ me preocupo comigo. Sempre o ‘Eu’.

Se convivemos com tantas pessoas ignorantes em lidar com outro ser humano, como teremos crianças empáticas e capazes de viver num mundo em sociedade que só se vê briga de poder? Estão aprendendo o individualismo, o narcisismo, e é muito mais difícil de se colocar essa virtude em questão no cotidiano das crianças.

Tenho visto e vivenciado tantas coisas difíceis de engolir que não pensei que um dia aquele mundo que eu sempre admirei se tornaria tão sujo e com pessoas tão pobres de espírito para com os outros. Acho que o descaso, ou o tanto faz, tornou-se uma forma de vida para algumas pessoas. Somos como descartes, não gostou? Joga fora.

Tenho uma amiga que de tempos em tempos ela faz uma limpa nas redes sociais dela, diz que tem gente que só olha, não conversa, não procura, não comenta, não curte, está fazendo o que lá? Ela tem razão, tem gente com milhares de ‘amigos’, será que fala com todos? Ou quer mostrar que é pop? Antes a gente falava que a inveja mora ao lado, agora mora dentro da palma da sua mão também. Por que não fazer isso com pessoas reais? Estão jogando fora também sem piedade nenhuma. Alguns até por utilidade, outros por interesse, e ainda o tanto faz.

Esse comportamento crescente está afastando as pessoas que se reaproximaram quando surgiram as redes sociais, que gente achava que poderíamos conviver novamente como antes, mas não durou. Nos comunicamos por meio de mensagens, e deixamos de nos comunicar pelo mesmo meio. Interessante isso, e, ao mesmo tempo, desagradável.

Seguimos a vida cada vez com menos pessoas que nos amam e amamos de verdade, sinto que cada um está vivendo como pode e como dá. A crueldade e a falsidade são sinônimos de como se vive no mundo de hoje, por isso sentimos tantas saudades do mundo de ontem. Não era perfeito, mas a vida era mais bonita.

Por Maristela Prado

Crônicas, artigos e críticas literárias