A mulher tem proteção contra o abuso. Mas o que fazer com o abusador?

No meu primeiro episódio do podcast sobre abuso contra a mulher, falamos muito sobre os casos que mais aparecem e como a mulher pode procurar ajuda. Uma coisa que sempre falei sobre esse assunto é o porquê de a mulher nunca achar que está numa relação abusiva quando está passando pelo abuso psicológico, sendo um dos piores. Acha que é o jeito dele, sendo ciúme, cuidado com você, mas, na verdade, é abuso.

Nenhum abuso começa com violência, claro, seria demais. Normalmente, são pessoas muito agradáveis com os outros, mas um tormento para quem vive. E o pior, isso é só o começo, depois pode passar para todos os outros, e se não souber identificar os primeiros sinais, pode ser mais uma vítima do feminicídio.

A psicóloga Solange Ferreira e a Assistente social Janaina Costa, da casa de assistência à mulher em situação de risco de morte, Vem Maria, em Santo André, falou muito sobre os casos que chegam e o estado em que a mulher se encontra, e em alguns casos mais graves, são levadas para casas de acolhimento à mulher e seus filhos, para poderem sair da zona de perigo.

Temos muitos canais de atendimento no país, cada região tem o seu, mas também existem os canais nacionais, de emergência, inclusive um aplicativo com botão de emergência para mulheres que estão com medida protetiva e o sinal com as mãos, caso esteja em lugar público e não tenha como falar. Todos foram falados.

Pois bem, temos que avisar as mulheres, orientá-las e falar muito para não permitirem que sejam abusadas, ou que cheguem a um estado de que não sabem como sair, podendo chegar ao feminicídio.

Chegamos a um momento em que falamos. ‘O que fazer com os abusadores’? Avisamos às mulheres como identificar os sinais, como se proteger, mas e como acabar com isso? Quais medidas devem ser tomadas para que os homens que se qualificam ‘machos’ entendam que a mulher é um ser humano como todos, com sentimentos.

Por que acontece tanto, qual o motivo para tanta agressão? A independência da mulher atual, a qualificação profissional, a inteligência que não fica nada atrás de um homem? Não sei a resposta, mas sei que é preciso ser feita alguma coisa. Talvez uma reeducação dos pais para criarem filhos mais humanos que valorizam suas mães, elas também são mulheres.

Honrar a sua origem, sua avó, bisavó, tataravó, a geração da árvore genealógica da qual você veio, senão nem existiria.  Todos estão ou já estiveram no mundo por uma mulher. O mínimo seria sermos respeitadas, e não agredidas.

Já existe muita mulher não querendo mais se relacionar, preferem ficar sozinhas a ser agredida, afinal pode sair de uma relação e entrar em outra igual ou pior, são tantos os casos que não dá para descartar. Se continuar desse jeito, ou acaba a população nativa, ou os homens serão apenas doadores, e descartáveis. Triste fim da sociedade humana.

Não deixe de assistir o primeiro episódio do podcast “Abuso contra a mulher”

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Por Maristela Prado

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