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A vida te alerta

Alerta máximo para a vida! Ela chama, tenta avisar, mostra detalhes na saúde mental e física, e a espiritualidade está sempre do lado de fora, como se não existisse, mas sinto em informar aos ateus, mesmo assim a sua espiritualidade também existe.

No podcast “Saúde mental e espiritualidade” com Tallys Monea, falamos muito sobre a vida física e mental, o quanto está relacionada com a espiritual, uma depende da outra, a tríade: corpo, mente e alma. Sem ajuste, não existe sintonia.

Nossa mente e corpo se desenvolvem conforme o que aprendemos, com nossa genética e os ancestrais; não podemos ignorar o que viveram. Porém, o hoje é um reflexo do que vivemos e das raízes que trazemos. Lentamente, vai se moldando quem somos, nossas emoções não vêm somente do corpo, mas da alma.

Quando algo vai mal, o corpo dá sinais, muitas vezes ignorados por nós, como se fosse somente uma dor de estômago, dor de cabeça, cansaço, estresse. Enfim, damos um argumento para não encarar o prejuízo causado por nós mesmos, através dos pensamentos, sentimentos e crenças que aprendemos ou guardamos e não aprendemos a lidar.

Tem quem não acredite no espírito porque não está vendo, mas você vê a doença se formando em você? Às vezes nem sentimos nada. No exame acredita, por quê? Você ainda não está vendo.

E tudo começa na mente, nas angústias, tristezas, mágoas que você sente, mas não acredita que o corpo transforma em doença. Você é o que vive, o que consome, dos alimentos que ingere e dos alimentos que vê e ouve. O seu dia reflete quem você é.

Estamos passando por uma turbulência mundial que está causando muitos transtornos mentais e físicos, a ansiedade e depressão crescente, o consumo de ter, ser ou querer ser. O dinheiro, posição, aparência. Mesmo assim, existem pessoas que conseguem viver muito bem sem nada disso, sem sequer pensar em aparecer, estudando, evoluindo, crescendo, sendo exemplo para muitos que só pensam para fora e não para dentro, e isso no meio dessa turbulência.

Só depende de nós a maneira como vai seguir sua vida, na manada ou individual. Aceitar quem é, ou viver insatisfeito consigo mesmo. Dar mais importância para o que mostra do que para quem é. Fale menos, apareça menos, e observe mais.

Já passou da hora de se fazer uma retrospectiva da vida e entender como vivíamos antes desta vida exposta e mentirosa. Você já postou sua alma? Não dá, não é? Teria coragem se pudesse? A menos que se preocupasse com sua tríade, realmente teria prazer em mostrar, mas ultimamente muitas são quebradas, doídas, marcadas por traumas, mas nas fotos, bom, é melhor mostrar o mundo do faz de conta que sua criança interior ainda não conseguiu se livrar.

Faça da sua vida o melhor para você e para os outros também, quem não sabe equilibrar a vida, desequilibra os outros.

Assista ao Podcast Pod mari? No canal do YouTube “Saúde mental e espiritualidade”

Pod Mari – Maristela fala sobre Saúde Mental e Espiritualidade

Família e escola. A conclusão para a mudança

Depois da série ‘abuso’, chego à conclusão de que as famílias precisam mudar urgentemente. Educação começa em casa, entre quatro paredes, pais e filhos. Não sabemos ao certo o que acontece nas casas, mas sabemos que é o que acontece que forma um indivíduo, e pelo visto estão acontecendo coisas muito sérias, senão não teríamos tantos problemas com abusos de todos os tipos.

Nas escolas, as crianças costumam contar coisas inocentemente, mas falam e revelam para professores causas que estão fazendo a escola mudar o olhar para essas crianças e adolescentes, incorporando na educação escolar a educação emocional. Precisam aprender o significado de empatia e resiliência, já que os exemplos estão sendo completamente opostos a isso, ou seja, preconceito e agressão.

Precisam aprender que vivemos num mundo de diferenças, as pessoas são diferentes e as situações, também. Cada país tem sua própria cultura, cada Estado que compõe um país também tem cultura diferente, e precisamos entender e respeitar, ou você chega em um país não aceitando a cultura deles?

As crianças estão crescendo em ambientes completamente violentos, com palavras e gestos, com preconceito, ódio, e soberania, ensinando que o outro nunca será melhor do que você, somente por algum motivo preconceituoso, principalmente de etnia, gênero e condição social, os principais pilares da discriminação. Ser um cidadão branco, hétero e rico já é o suficiente para estar protegido de quaisquer condições discriminatórias. Será?

Uma pessoa nessas condições nasceu com RG de honestidade e santidade? A falta de caráter não tem nada a ver com isso, como já disse, tudo começa em casa, portanto, tanto faz a condição, o que importa é o caráter, e ele não tem condição financeira, nem cor e nem gênero.

Ainda há muito a se fazer para que esta situação mude, muitas leis precisam ser revistas, professores mais preparados, mudanças na legislação escolar; nosso ensino ainda continua antigo e monótono, é preciso mais participação fora da sala de aula, interação e convivência. Mudanças e controle das redes sociais, que estão acabando com a saúde mental de toda a população mundial, não somente de crianças e adolescentes, mas adultos também. Maior rigidez e controle sobre influencers que usam e abusam da ingenuidade, ou até mesmo da ganância obsessiva das pessoas em ganhar dinheiro, poder, posição. Pais e responsáveis mais atentos aos filhos, conversar mais, estar a par com quem falam, o que fazem. Ser pai e mãe de verdade, sem preguiça de educar, dá trabalho, mas no final vale a pena.

Criar cidadãos é muito mais do que criar pessoas, colocar filho no mundo não é dar a responsabilidade para os outros ou para a escola, a responsabilidade é sua. Deu vida? Agora dê educação. Não espere que a rua faça o seu trabalho, ao contrário, o seu trabalho será o dobro e decepcionante. Não ponha no mundo uma criança para ser infeliz, já basta você.

Por Maristela Prado

Para onde o abuso está nos levando?

Último episódio da série ‘Abuso’

Vimos durante estas quatro semanas os três abusos mais relevantes e preocupantes atualmente, mas é claro que existem muitos outros no dia a dia, como preconceito de racismo, gênero, corporal, religioso, social, etarismo e deficientes. Todos são caracterizados como crime.

Através das redes sociais é onde se encontra o maior número de pessoas usando o abuso indiscriminadamente, entrando em páginas para humilhar, debochar, até ridicularizar alguém por qualquer motivo, somente pelo prazer de fazer. Pessoas públicas, principalmente, são os maiores alvos, justamente pela condição da exposição, e isso afeta diretamente a autoestima e a saúde mental.

Quem é a pessoa que está por trás daquele comentário, e por que usa esse atributo para prejudicar alguém? Temos algumas alternativas para isso. Hoje temos uma sociedade com muito ódio de tudo, se vir algo que não concorda, necessita falar, ir contra o outro virou um fenômeno natural, é como se aquilo atingisse diretamente quem está vendo, uma forma de sentir-se superior em falar o que pensa daquilo. Ou a inveja, por não ser igual, ataca para diminuir o outro, ou ainda, somente para fazer parte de um grupo insignificante que somente segue a boiada que não pensa, só fala.

O caráter tornou-se obsoleto num mundo obcecado por poder, por violência, por ser melhor. Personalidade nasce com ela, mas caráter é formado conforme o ambiente em que vive, vendo, como é tratado, as indiferenças e o exemplo. Dificilmente verá o filho de alguém descontrolado e agressivo, sendo uma pessoa passiva e coerente, não foi isso o que aprendeu. Já a personalidade é inata, a pessoa é perversa, gentil, psicopata ou narcisista desde criança, e dá sinais, mas dificilmente os pais entendem ou admitem que aquela criança é diferente, tem atitudes inadequadas e cresce sem a atenção necessária. Não é uma doença, é uma condição da personalidade, difícil de aceitar, mas necessário compreender que existe.

E isso não se restringe somente atrás de um teclado, a vida social está perigosa, amigos, família, colegas de trabalho ou escola, relação amorosa. Na rua, na fila de um supermercado, médicos, enfermeiros maltratados por pessoas descontroladas querendo ter privilégios, ter razão. Matam no trânsito, no bar, na balada, na academia. Os abusos se estendem a todo lugar.

O racismo, o gênero, a condição social, religião, corpo e etarismo, e a deficiência ainda continuam sendo um crime bárbaro, uma pessoa não aceitar o outro somente por uma condição diferente da sua é um abuso sem explicação. O que incomoda tanto? As crianças precisam aprender que existe diferença entre as pessoas, que a vida não se resume no seu clã familiar, o mundo é feito de diferenças, as culturas são diferentes entre os países e os Estados que compõem um país, por isso devemos ter respeito à condição de cada um.

O que importa mesmo é o Ser que a pessoa é, não sua condição. Do que adianta o dinheiro se não há educação ou respeito? Do que adianta a cor ou o gênero se não houver gentileza, cultura e tudo o que faz uma civilização? Do que adianta ser religioso, ter um corpo nos padrões impostos, ou ser jovem se não tiver empatia com as pessoas? Do que adianta?

Há uma necessidade mundial em mudanças no ser humano, o excesso de informação e acesso fácil e rápido a tudo, está adoecendo mentalmente, e matando lentamente a população mais jovem. O número de idosos só cresce, enquanto o de jovens desaparece. Será que não tem explicação? Claro que tem. Vivem como se não houvesse tempo para viver, como se o que eles sabem com seus vinte e poucos anos é muito maior e melhor do que quem está vivo com seus 80+; mesmo que toda essa carga de experiência vivida não represente nada para quem está somente começando na vida adulta. Uma geração que aprendeu a ganhar, nunca perder. Ser o melhor, passar por cima de tudo para conquistar, se impor para provar quem é, ou simplesmente desfazer e debochar de quem sabe muito mais.

Enquanto continuarem ensinado a inversão de valores, não teremos uma sociedade madura e capaz de mudar essa soberania urbana que só adoece e não conquista nada. Corre atrás de tudo, ansiedade, depressão, estresse, andam em círculos e não encontram a saída. É tudo muito simples, aprender que nada vem fácil, é preciso de paciência, perseverança e muito trabalho para se conquistar o que quer. A vida não é feita de coisas, é de pessoas, por isso precisamos respeitar uns aos outros, ninguém faz nada sozinho. O amor é que move tudo, inclusive suas conquistas materiais. O ódio, bom esse veio para matar, para destruir e adoecer quem ainda insiste em achar que cada um tem o seu mundo ao seu modo. Não, o mundo é para todos, mas só alguns sabem viver, outros somente existem.

Por Maristela Prado

  O mundo da fantasia

As flores, o jardim, as casinhas coloridas, pessoas sorrindo, o sol, a vida. Não, rebobina a fita, o mundo da fantasia que vivemos hoje é o mundo da competição, de quem tem mais poder, da birra de adultos infantilizados, da condição social, da cor, do gênero, da esperteza, de quem vai herdar o mundo!

As pessoas correm todos os dias como se não houvesse mais tempo. Tempo pra quê? Para ganhar mais, para colocar em prática o plano que vai devastar pessoas, para aquele que pretende viver plenamente às custas da tristeza de outros? Disse o Papa Francisco, aquele que dispensou o luxo, que contemplava a paz, que pensava nos necessitados, que lutou por um mundo melhor. “As pessoas aceleram da hora em que acordam até dormir, e isso é perigoso para a saúde mental, espiritual e física”. Ele sabia o que estava dizendo, e por que estava dizendo.

Esse é o mundo da fantasia de ser, de ter, de poder, da soberba, da frustração, de mostrar o que não é, da necessidade de ser melhor, de dar voz às suas vontades, a ter razão e não ter amor. É uma fantasia macabra que prejudica, mata e desorienta. Desilude, enlouquece, mexe com o mental e piora a cada dia. Vivemos uma mentira, na mais pura maldade. Parece que o ser humano está se acostumando a viver assim, quase uma normalidade, mas não é, apenas estamos adoecendo mentalmente e espiritualmente como disse o Papa Francisco. Viver tudo isso e achar normal já é um sinal de doenças do século XXI, a depressão e a ansiedade.

Alguém se dispõe a cuidar da saúde mental? Ou será que só a física, a aparência que leva a essas doenças é que importam? Quem vive na fantasia e se desloca da realidade já diz tudo sobre si, precisa de cuidados.

A violência, a ganância e o ego são fatores importantíssimos sobre saúde mental. Até as crianças estão sendo expostas a essas situações, não apenas dentro de casa assistindo a embates dos pais e atitudes claramente faladas na frente dos pequenos, mas pelas redes sociais, onde corre o perigo acelerado em tempo real, entre amigos, nas escolas. Crianças morrendo por participarem de desafios intencionais para levar à morte, acesso a assuntos que não deveriam saber, daí nasce o bullying nas escolas, de exemplos e das criações que não se pode frustrar.

Os abusos estão em toda parte, e como nos proteger, ficando em casa? Não, cuidando da nossa saúde, fazendo exercícios físicos diários para colocar o peso que carregamos para fora, tendo uma alimentação saudável, longe das enganações das prateleiras dos supermercados, comendo comida de verdade, preferencialmente da feira. Ouvindo música, fazendo terapia, escrevendo e lendo histórias, assim sua mente viaja por lugares imaginários e está em perfeito estado de conservação. Quer uma ideia saudável? Pratique a escrita terapêutica, escreva um diário e conte para ele tudo o que te incomoda. Além de desabafar, se sentirá melhor para o dia seguinte. E não esqueça, é você quem escreve sua história todos os dias, depende das suas escolhas, e não adianta arrumar um culpado para seus problemas, o culpado está no espelho, olhando para você sempre que chega perto.

Antes de achar que o mundo está contra você, reflita o que foi que você fez para estar passando por alguma situação difícil, normalmente foi uma escolha sua, mas dói olhar para dentro de si e enxergar os seus defeitos. A dor faz parte da vida. Para conhecer a tal da felicidade, primeiro precisa conhecer a dor; para conhecer a bonança, antes precisa conhecer a falta; e, para realmente viver uma vida plena, e não a fantasia, é preciso equilibrar saúde mental, espiritual e física, só assim viverá a sua paz.

“Nossa vida é um caminho, quando paramos, não vamos para frente”.

Papa Francisco

Por Maristela Prado

Solitude e solidão

O que solitude tem a ver com solidão? Nada. São estados distintos de se sentir, enquanto um traz o vazio de estar sozinho, isolado, o outro é gostar da sua companhia, uma escolha, seu momento sozinho.

Tem quem não suporte estar sozinho, não gosta do barulho da própria mente, é como se não quisesse se auto entender. Realmente é difícil para o ser humano se encontrar com os problemas que o atordoam, mas também é a melhor forma de compreender e refletir.

Quando estamos sozinhos encaramos quem somos de verdade, o que pensamos e o que queremos da vida. Não é raro pegar alguém sozinho pensando em voz alta e até dançando sem problema algum, é estar longe do julgamento das pessoas, é ser livre.

Estar sozinho é encontrar-se consigo mesmo, descobrir os vários ‘Eus’ que existem em você, a pessoa a qual é de verdade. O direito a estar no silêncio, a ouvir uma música, meditar, simplesmente silenciar.

Já a solidão é triste, uma pessoa solitária está isolada da sociedade ou até mesmo da família, apesar de às vezes estar acompanhada, mas se sente só. Isso é a pior forma de sentir solidão. A tristeza traz sofrimento, o não pertencimento, podendo desenvolver distúrbios psíquicos como a depressão. A condição de sentir solidão não traz bem-estar psicológico.

É importante cuidar da saúde física e mental para ter uma qualidade de vida melhor, fazer o que gosta, o que traz prazer. Pode ser ouvir música, ler, caminhar. Seja o que for, desde que de alguma forma não se sinta só. Não deixe que sua condição mental afete sua saúde física. Sentir-se bem e em paz é o melhor remédio para salvar a sua vida.

Embora nasçamos sozinhos e morramos sozinhos, o meio tem que ser vivido com pessoas, tem que ter amor, afeto, tato, carinho, alegria e tudo mais que a vida oferece. Como diz a música de Lulu Santos: “Vamos viver tudo o que há pra viver”

A solitude é necessária, mas a solidão, não.