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Como ser mulher nessa sociedade machista

Estamos esperando que a humanidade mude sua mentalidade conservadora, de um passado que não tem mais como viver, em relação às mulheres. Mas nem mesmo no segundo milênio as coisas mudam.

Ficou no passado distante que mulher não podia trabalhar, tinha que cuidar da família, cozinhar e servir ao marido, que já naquele tempo, o homem tinha total liberdade para tudo, principalmente tratar a mulher como empregada. Isso acabou faz tempo, mas parece que os jovens de hoje querem viver como velhos.

Acredito que a maioria deve ter ouvido falar ou lido uma notícia de um jovem empresário, desfazendo de uma mulher ser CEO numa empresa. “Deus me livre uma mulher CEO”. Não temos capacidade só para isso, somos muito mais. No momento de assumir cargos não pode, mas se usar determinada roupa é vagabunda, se engorda é relaxada, se não casa é solteirona, infinitas coisas falam sobre mulher, mas não sabem o que é ser mulher.

Cada vez mais temos medo de sair, a falta de respeito, a maneira como enxergam, é como se fôssemos um objeto de brinquedo, é nas ruas, no trabalho, em qualquer lugar. A mulher conquistou seu lugar de cidadã, mas não aceitam, e cada vez mais cresce esse ódio, essa intolerância, esse desrespeito.

As mulheres lutam dia após dia pela sua liberdade, pelo respeito que merecemos ter. A mulher tem outra visão de mundo, enxerga os problemas com mais sensibilidade, provisionando à frente o que pode ser feito. Mulher é forte, sabe se virar sozinha, nunca foi o sexo frágil, tem que lidar com muitas adversidades no corpo. Mas é frescura. Uma frescura que ovula todo mês e sangra, e no final, quando para, também gera problemas.

Nós não temos capacidade, realmente não temos, para lidar com homens tão imaturos e desorientados que sequer se dão conta de que precisam de uma mulher para nascer. Não queremos competir, mas se nos formarmos na mesma sala, na mesma faculdade, aprendermos a mesma profissão, qual o motivo das diferenças? Não queremos ser apenas mães, queremos ser mulheres, e respeitadas.

As crianças do mundo pedem socorro

Criança no meu tempo brincava na rua, gostava de brinquedo, de pular corda, brincar de roda. Criança respeitava adulto, se vestia como criança, passava de fases (da vida), se sentava à mesa nas refeições, assistia TV com a família, e nada disso resultou em problemas. Traumas, quem não tem? Não me lembro de meus pais fazerem coisas para me ver quieta, quando saíam com os amigos eu ia junto. Ninguém se distraia com telas, jogos eletrônicos, amigos virtuais, a vida era em família, de verdade.

Daí chega alguém e vai falar, ‘que papo mais careta, o mundo mudou, evoluímos, estamos nos anos 2000’, e eu digo: Que pena, não imaginava que evoluir era chegar nesse caos que vivemos hoje, nos mesmos anos 2000 que você exalta tanto. Crianças viciadas em jogos e precisando de tratamento psicológico, com doenças que antes acometiam basicamente adultos, e agora elas carregam o fardo dos anos 2000. Comida fácil, embrulhada e quentinha, que chega em casa, mas não foi a mamãe quem fez, foi a lanchonete famosa que produz em massa lanches e mais lanches, sem o cuidado do que contém ali. Mas e daí? Temos remédios para tudo, equipamentos hospitalares de última geração, dietas.

E os joguinhos da internet que tiram os pequenos do mundo real por horas? Não têm hora para entrar em casa, tomar banho, colocar pijama e jantar. Depois a cama arrumada e ouvir historinhas ou rezar pro anjo da guarda. Não, vão se deitar lembrando do jogo que perderam pro amigo, ou pior ainda, pro desconhecido que joga junto; se é criança, adulto, quem sabe? Mas está em casa, no quarto, pois então está seguro. Será mesmo?

Os esperados anos 2000 chegaram, e tudo mudou. O mundo virou de ponta cabeça, surgiram as pessoas que não têm medo de nada, xingam, humilham, enganam, trapaceiam, iludem crianças com armadilhas, um verdadeiro show de horrores. O que era para ser um espaço importante para a evolução do mundo, transformou-se em desespero. Nossas crianças estão sendo mortas por pessoas que usam a internet para o mal. Desafios que matam, coação.

O que de pior ainda tem para acontecer? Chegar a esse ponto de matar crianças que jamais, no mundo do século passado, se tornavam alvo; a não ser pelo pior da história em que crianças foram alvo, mas isso não poderia se repetir. Criança tem que ter o direito de viver sua infância. É preciso que se defenda, que seja garantido que crianças vivam como crianças.

Nunca acreditei que o mundo fosse acabar, mas hoje entendo que o ser humano é que está acabando com o mundo, acabando com a graça da vida, a liberdade, a alegria. Vivemos cada um por si, não sabemos se ao sair voltamos, sem garantia de nada, nem mesmo com nossas crianças, que estão cada vez mais expostas e jogadas ao fogo do mundo. Bem-vindos ao globo da morte, o mundo.