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Só a mãe natureza pode mudar

Qual a melhor maneira de se viver em paz?  Não dar confiança para o que os outros falam sobre você e não revidar, já é uma grande evolução; palavrinha difícil de ser engolida por pessoas rasas. Então para que perder seu tempo em querer provar quem você é com quem só enxerga a aparência? Já que por dentro não entende nada, e se entende, dói.   

Com tanta coisa ruim acontecendo no mundo, e ainda temos que enfrentar os leões do dia  a dia, como numa selva, no próprio teor da palavra. As coisas não andam nada bem, devemos encontrar a melhor maneira de continuar nossa vida sem entrar em confusões ou se distanciar delas, estar atentos àquilo que nos faz bem e nos eleva, tanto espiritualmente quanto como pessoa.

As notícias são as piores, está difícil saber de algo bom, não que não aconteça, mas não mostram. Desta forma, as mentes tornam-se massivas na negatividade, no medo, e quanto mais negativo, mais tragédias e maldades continuam a acontecer. A vibração do ser humano é que não colabora para a evolução do planeta, a raiva e o ódio que surgem a cada dia estão tornando a Terra um lugar sombrio, onde quase ninguém mais consegue enxergar o bem. Eu disse quase por que ainda existe, sim, gente do bem, gente querendo um mundo melhor, mas não basta querer, tem que começar a mudar.

E como começa? Fazendo o bem a quem precisa, não desclassificar o outro por raça, cor, credo ou orientação sexual. A cada maldade recebida, perdoe, e isso não significa que precise se reaproximar de quem te fez o mal, mas para ter paz no seu coração e nenhum sentimento ruim. Ninguém é obrigado a conviver com quem não te respeita ou te feriu, apenas afaste-se.

Já é momento de começarem as redenções ou será que ainda existe alguém que acredite que estamos sozinhos neste planeta? A revolta da natureza já é uma resposta disso. Não, não estamos sós, todas as tragédias são respostas ao desumano. Não seja tolo de achar que pode tudo, o mundo está sendo tragado e limpo, e não é por nenhum espertinho. Agora a mãe natureza é quem vai resolver tudo do jeito dela.

Sobre ser

Quando saio, principalmente em lugares lotados, observo como as pessoas se comportam. É verdade, sou uma observadora inata, e foi por causa disso que fui estudar sobre o comportamento humano. É curioso entender que o Ser tornou-se outro significado.

Nada pode ser generalizado, sempre tem as exceções, mas alguns casos não podem passar despercebidos. Por qual motivo alguém precisa diminuir o outro e querer competir com aquilo que não entende? Cada qual tem suas habilidades; ninguém sabe tudo, se soubesse não precisaria estar no Planeta Terra. Não precisa crescer, é feio, pega mal competir com aquilo que você não sabe.

Outras pessoas precisam ser mais bonitas, mais elegantes, mais ricas, mais interessantes, mais chics, mais, mais, mais. Menos, educado, gentil, respeitoso, acolhedor, humilde, gente. O que tornou essa mudança? Provavelmente o consumo exacerbado, a competição, o querer, o sobressair-se. E tudo mudou, estamos vivendo o enquadramento de padrão, se não for tudo isso, é o diferentão, excluído.

Se for para ser excluído desse mundo insano de padrão, prefiro, dou muito mais valor para minha saúde mental do que para qualquer padrão de vida imposto. Faço exercício físico todos os dias, mas não posto. Tenho uma família linda, mas não posto. Faço minhas conquistas, mas não posto. Fico feliz num jantar em família, mas não posto. Vivo apesar das telas? Sim, mas não posto.

A vida é para ser vivida em particular, não é pública, ter a necessidade de chegar e se mostrar não é vida, é obrigação. Conversar não é ser superior ao outro, é saber ouvir o outro e aceitar as suas limitações, você não sabe tudo, lembra? Quem quer saber demais é chato, não é bem-visto, não faz falta.

Aprenda a fazer falta, daí sim você será uma pessoa lembrada, quando todo mundo sabe de você não sente saudade, vai conversar o que se já sabe de tudo? Decida se você quer Ser, ou ser?

Metamorfose

Aquele momento em que percebe que não faz mais sentido aquilo que você gostava tanto, passa a ser estranho. O que é melhor, passar uma vida repetindo sempre as mesmas coisas, ou mudar suas opiniões, suas escolhas?

A vida é uma constante mudança, tudo evolui e se transforma, então por que não mudar? Voltando ao passado com lembranças de gaveta, percebi o quanto mudei ao longo da minha vida. Coisas que num passado não muito distante eram muito normais para mim, como certas escolhas ou atitudes, e hoje, sem perceber, não faço mais; nem faria mesmo, minha maturidade não enxerga mais com os olhos do passado.

Mas no passado era o certo, era o que tinha que ser, como eu teria evoluído se tivesse continuado pensando igual? É muito bom lembrar dos anos passados, mas não podemos deixar de entender que o tempo nos ensina, nos aprimora, nos faz enxergar muita coisa que só aprendemos depois de ter vivido.

Mudei sim, mas o mundo também mudou. Minha geração carrega lembranças maravilhosas, mas não poderíamos aplicar o que vivemos hoje, nem mesmo a forma de comunicação não é mais igual. Nossos filhos são adultos, agora já temos netos; estamos vendo crescer nossa terceira geração, e isso é evoluir e aceitar as diferenças.

Não somos mais os mesmos, nem na aparência. Nossos cabelos branquearam, a pele já não é mais a mesma, o ar jovial ficou lá atrás, mas isso não nos faz velhos; apenas se quisermos. Podemos sair, fazer exercícios, ouvir música, chorar de rir, lembrar e contar histórias. Isso é vida pulsando, constante, que vibra.

A metamorfose sempre vai existir, assim teremos sempre o que lembrar, do que éramos, do que passou. Até o tempo muda, de sol pra chuva, de frio pra calor, de hora em hora. Mas sempre vai amanhecer de novo.

Deixe suas escolhas mudarem, sua aparência, suas atitudes. Só não deixe mudar a alegria de viver, essa anda de mão dada com a vida, e quando se solta a mão, ela vai morrer.

O que mudou?

Entramos na reta final de 2020, um ano carregado de acontecimentos pesados, começando por um vírus que ninguém imaginava que no prazo de poucos dias após ser anunciado levaria milhares de humanos da face da Terra. Que ficaríamos trancados em casa, teríamos que trabalhar de forma remota, não haveria lojas, shoppings, restaurantes, bares, baladas, praia. De repente tudo parou. 

O mundo estava diferente e triste, mas naqueles dias pararam as guerras, caíram os assaltos, o trânsito caótico das grandes cidades deixou de ser caótico. A natureza começou a brilhar como nunca, tudo começou a fazer sentido. As famílias tiveram que se unir. Querendo ou não, cada um teve que se encontrar, parar para pensar; muito se falava em mudanças, em olhar para o seu Eu interior, e de fato isso aconteceu, mas algo saiu do controle. 

Passados seis meses, será que o mundo esqueceu de tudo o que aconteceu e ainda acontece? Ou será que o humano, mais uma vez, não aprendeu nada? Eu prefiro acreditar que uma grande massa da população aprendeu, sim, muita coisa mudou, mesmo que não encontremos as diferenças, mas existe algo diferente. É muito raro encontrar alguém sem máscara – estou falando da grande massa, mas claro que existe os resistentes, que não acreditam em nada. A higiene, que deveria ter sido uma premissa na vida de todos, agora acontece em todos os lugares. Nas lojas e shoppings não tem mais aglomeração, as pessoas aprenderam que muito do que se fazia não é prioridade. 

Por outro lado, vemos uma vida praticamente “normal” em alguns lugares, com bares lotados, festas, churrascos, praias lotadas, como se tudo já tivesse acabado. Mas não acabou, então por que isso acontece? Quando lidamos com o invisível sem restrição achamos que será impossível que ir à praia, justo um lugar aberto, de pura natureza, não haverá perigo algum. Acontece que temos contato com vários tipos de vírus ao longo da vida, que pegamos sabe Deus como. Não estamos protegidos em lugar nenhum, e agora vamos facilitar, depois de meses de reclusão? E os bares e outros lugares que estão aglomerando? Bom, aí é decisão de cada um. Se você é jovem e acha que nada acontece com você, pense pelo menos em quem você ama e pode adoecer, a não ser que a quarentena te fez pegar aversão de quem teve que conviver forçosamente. 

Minha reflexão serve para pensarmos no que tudo isso quis mostrar, mudanças necessárias que os humanos não enxergavam mais. Dar valor à vida, família, saúde, respeito, não gastar desnecessariamente, valorizar as pessoas e não as coisas, valorizar seu trabalho e, principalmente, respeitar o próximo. Ficar em casa com a família não foi um sacrifício, foi aprender a ter um olhar do que realmente vale a pena nessa vida, que são as pessoas que você precisa, que te amam. 

O medo não precisa fazer parte da vida, precisamos de consciência e amor daqui em diante para continuar nossa vida. Tem ainda quem não acordou, mas é tempo ainda de perceber que somos um todo, e se eu não cuidar dos outros ninguém vai cuidar de mim. Coloque o amor na sua vida, faça para as pessoas o que quer que façam por você. A troca de respeito só faz de você um ser que vale a pena.