De acordo com a história da humanidade, fomos divididos em clãs, vivíamos em grupo. Desta forma a população de cada nação se formou e cresceu. Até que naquele período uns ajudavam os outros, mas, e agora, o que é que aconteceu que não existe mais essa ligação entre as pessoas? Talvez a individualidade, o querer ter razão, ser melhor em tudo, ou o faço por mim, mas não faço pelos outros.
Podemos dizer que o que mais existe hoje de tóxico é a intolerância com as diferenças, ninguém quer saber de lidar com aquilo que não gosta. Mas não podemos e nem devemos ser todos iguais, mesmo porque viemos de famílias diferentes, não só pelas pessoas que nela habitam, mas principalmente por valores, crenças e costumes que cada família carrega.
Somos todos iguais por estarmos inseridos na mesma sociedade, da qual nos são apresentados desde muito pequenos os mecanismos existentes. Se parar para pensar tem um ritual, regras que estão estabelecidas que são incorporadas por todos sem questionamento nenhum.
As religiões são parte dessas diferenças, mas isso não invalida aquela ou outra pessoa apenas por ter aquela crença, continua sendo da mesma sociedade em que você está também. Mas não é assim que acontece. Existe uma competição insana pelas crenças, o que gera verdadeiros conflitos, sendo que basta entender e aceitar o que cada um é ou prefere ser.
Os conflitos nada mais são do que a insuficiência do ser humano para lidar com aquilo que não aceita no outro, precisa atacar para se sentir melhor. Mas será que isso é o suficiente? Afinal, o que se ‘ganha’ com isso? Angústia, o vazio que forma dentro daquele que atacou e tudo continua da mesma forma. Não temos o controle de tudo, apenas de algumas coisas da nossa própria vida, algumas coisas. Da morte, por exemplo, não temos.
Essa angústia gera conflitos consigo mesmo, vai sempre de encontro com aquilo que não se consegue mudar, é um monstro criado por você mesmo que briga constantemente com a sua insuficiência de querer mudar o que não lhe compete.
As relações humanas estão à beira da loucura, ou já se tornaram loucura? Todos os dias sabemos de notícias de absurdos que acontecem por intolerância, por desprezo e egoísmo. O egocentrismo prevalece de uma forma assustadora, sem ressentimento. Vale a pena viver para ser o melhor, o certo, o mais bonito, o mais inteligente, ou não deveríamos voltar a querer de fato viver o aqui e agora sem essa exposição toda e sermos de verdade quem somos?
Não esqueça que sua vida começa e termina um dia. Se não estiver disposto a enfrentar os altos e baixos, correr riscos e não aprender a lidar com os finais, então não vale a pena viver. Concentre-se mais em você, esquece os outros, temos prazo nessa passagem. Se perde tempo em querer brigar para vencer, vai acabar sem tempo para viver.