Escolas de todo o país estão aderindo ao desuso do celular no espaço escolar. Esta medida tem urgência no que se refere à saúde mental das crianças e adolescentes, diante da falta de atenção, falta de foco nos estudos, e, principalmente, e a necessidade de estar conectado em tempo integral.
Com o passar dos anos, e a tecnologia avançando cada vez mais, tanto crianças como jovens se distanciaram da socialização entre si. É cada vez mais comum se deparar com rodinhas de amigos e todos conectados, sem interação alguma. Isso, por sua vez, destrói os relacionamentos olho no olho, conversas e convivência em grupo.
O Ministério da Educação anunciou um projeto de lei para vetar o uso de celulares na escola, algumas já baniram o uso, e o resultado tem sido positivo, tanto para as crianças como para os adolescentes, que é muito mais difícil fazer compreender, mas alguns têm achado o veto positivo, pois agora interagem muito mais com os amigos.
Há relatos de que crianças de até três anos precisam de um acompanhamento mais de perto. Segundo matéria do G1, existem crianças nessa faixa etária que não comem ou não trocam de fraldas sem o celular. Um grande perigo para o desenvolvimento cognitivo das crianças, de modo que é preciso consciência das escolas, as quais já estão se adaptando à proibição, e aos pais dentro de casa, estabelecendo hora e tempo para o uso.
Nas escolas as telas são importantes para uso nos estudos, como pesquisas, livros digitais, vídeos interativos, simulações e jogos educativos, mas sem acesso às redes sociais, sendo que são elas que mais tiram a atenção e distraem os alunos.
Criança precisa brincar com joguinhos educativos, parquinho, interação com os amigos, hora do lanche sem celulares, participação nas aulas, interesse por livros, pelo aprendizado, pelo ambiente escolar. Tirar a atenção dos pequenos para as telas é uma forma de amor, para crescerem e aprenderem a conviver com pessoas, e não apenas virtualmente.
Os adolescentes estão crescendo com problemas psicológicos nunca vistos, preferem a interação pela internet, dentro do quarto e sozinhos, causando irritabilidade, ansiedade e até mesmo depressão. Dificuldade no convívio social e em lidar com suas emoções. Além de estarem expostos a abusos e conhecimentos em desacordo com a idade.
Não bastasse tudo isso, estão sendo seduzidos por apostas de jogos onde crianças estão aderindo e jogando, ou seja, um vício que não tem nenhum cuidado onde são postados. A internet tornou-se perigosa, se não estivermos atentos em qual ambiente os jovens estão tendo acesso, teremos um futuro de pessoas com severos transtornos psicológicos, vícios e completa falta de interação com pessoas.
Isso é saúde mental de crianças e adolescentes, não estamos falando de adultos que já se corromperam ao mal uso da internet e a usam para o mal. O futuro depende apenas de como essa geração está sendo exposta sem qualquer preocupação ao conteúdo ao que estão tendo acesso. O futuro a eles pertence, mas o presente somos nós que devemos preparar.